por paulo eneas
Os bolsonaristas, que mentem para o eleitorado de direita dizendo serem conservadores, comemoraram no dia de ontem, Sete de Setembro, o fato de os eventos oficiais de nossa Data Nacional terem sido supostamente esvaziados pelo fato de o governo de turno ser um governo de esquerda.

Nesta comemoração antipatriota, os bolsonaristas fizeram comparações entre o público presente nos eventos do Dia da Independência deste ano com os eventos análogos dos anos do Governo Bolsonaro, para daí concluírem, segundo sua lógica míope, que o público menor presente neste ano seria uma “prova” da força política superior do bolsonarismo em relação à esquerda petista.

É fato que os eventos de Sete de Setembro dos anos do Governo Bolsonaro reuniram um público muito maior, pois se tratavam de manifestações políticas de apoiadores do ex-presidente, e não celebrações cívicas do Dia da Independência. Pois nos anos do Governo Bolsonaro o Sete de Setembro deixou de ser data de celebração cívica da independência nacional para ser feriado de manifestação política.

Neste sentido, os bolsonaristas revelaram-se os legítimos Patriotas de Taubaté, pois conseguiram aquilo que nem mesmo os petistas ousaram tentar fazer: politizar e esvaziar o conteúdo histórico da data da independência nacional e transformar o principal evento cívico de todos os brasileiros em micareta de idolatria a político.

O significado histórico do Dia da Pátria foi apagado pelos bolsonaristas, que apresentam-se cinicamente como patriotas. Este patriotismo fake dos bolsonaristas ficou comprovado este ano, quando celebraram o fato de as comemorações do Dia da Pátria terem sido supostamente esvaziadas.

Fica claro assim que o bolsonarista é o Patriota de Taubaté, aquele que comemora o esquecimento do Dia da Pátria quando lhe é politicamente conveniente. É como o falso cristão que vibra por que a Missa está esvaziada por que ele não vai com a cara do padre. E outra evidência do patriotismo taubateano do bolsonarismo é que o Bicentenário da Independência foi completamente esquecido e ignorado pelo então governo.

Cumpre observar que é rigorosamente falso que os eventos oficiais do Sete de Setembro deste ano estavam esvaziados. Historicamente, o Dia da Independência sempre foi uma data em que as famílias costumavam ir aos eventos oficiais para assistir desfiles e demais exibições. Essa tradição foi interrompida pelo bolsonarismo.

Nas celebrações deste ano, segundo nossas fontes de São Paulo (SP) e de Brasília (DF), a tradição foi retomada: o público presente, formado por famílias e em menor número do que o público de idólatras de político dos anos anteriores, correspondeu basicamente ao público que sempre existiu nas celebrações anteriores, antes da deturpação promovida pelo bolsonarismo.

Se houve esvaziamento no Sete de Setembro deste ano, foi esvaziamento do conteúdo político indevido que foi dado ao Dia da Independência Nacional após sua apropriação indevida pelo bolsonarismo e seus Patriotas de Taubaté.

Não deixa de ser paradoxal que uma corrente política que enganou o eleitorado de direita apresentando-se como conservadora tenha deixado como legado de sua desastrosa passagem pelo poder o esvaziamento do conteúdo histórico da Data Nacional. Mais paradoxal ainda é que este esvaziamento de conteúdo tenha sido estancado justamente por um governo de esquerda.


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