por paulo eneas
Em seu embate permanente que tem travado contra a instituição da autoridade monetária nacional brasileira, em uma queda de braços que seguramente ele vai perder, segundo nossas fontes, o petista Lula voltou mais uma vez a criticar a taxa de juros arbitrada pelo Banco Central do Brasil em sua visita a Portugal.
Em discurso proferido num fórum empresarial na capital portuguesa nesta segunda-feira (24/04), em vez de focar nas possibilidades de incremento das relações comerciais entre Brasil e Portugal, o petista Lula preferiu mais uma vez falar de assuntos políticos internos, tema que seguramente não era de interesse dos empresários ali presentes.
Lula voltou a criticar os governos que sucederam a petista Dilma Rousseff, como se tais governos ainda estivessem em exercício no poder no Brasil, esquecendo-se de que ele, Lula, é quem atualmente responde pela (falta de) rumo do País. Voltou também a falar da taxa de juros, confrontando a autoridade monetária nacional brasileira.
Lula esquece que nas viagens oficiais internacionais, os demais chefes de governo ou empresários não estão interessados em sua opinião sobre governos passados ou determinados temas políticos internos brasileiros, assuntos estes que dizem respeito apenas aos eleitores brasileiros.
O que esse público do exterior deseja saber é o posicionamento oficial brasileiro sobre temas geopolíticos relevantes, como a Guerra da Ucrânia, e sobre as possibilidades de incremento nas relações bilaterais entre o Brasil e o país visitado, e não a opinião do governante de turno sobre os governos passados.
Mas o petista Lula parece não ter esta compreensão elementar do que significa uma viagem diplomática internacional. Nem tem a percepção da postura que se espera do Chefe de Estado no seu decorrer destas visitas, que acabam muitas vezes resultando em constrangimento diplomático para a imagem internacional do Brasil.
O petista Lula pode estar hoje ocupando formalmente a cadeira da Presidência da República, mas sua cabeça e sua mentalidade parece que continuam em cima de um caminhão-palanque de sindicalista na porta de uma fábrica metalúrgica.