por paulo eneas
Quatro embarcações navais militares russas ancoraram na Baia de Havana, em Cuba, nesta quarta-feira (12/06). Entre as embarcações estão uma fragata e um submarino nuclear, ambas capazes de transportar armamentos nucleares sofisticados, incluindo os mísseis hipersônicos russos Zircon.
Oficialmente, o regime de ditadura cubano afirmou que as embarcações russas não transportam armas nucleares e que permanecerão na Baía de Havana por cinco dias. A chegada das embarcações russas foi monitorada por drones da Marinha dos Estados Unidos e foi saudada por pequenas embarcações cubanas com salvas de tiros.
Também oficialmente, o regime de ditadura da Rússia afirma que a ancoragem de suas embarcações militares em Cuba “não é oficial” e que destina-se apenas ao “descanso e passeio da tripulação nas atrações locais cubanas”. Trata-se obviamente do briefing mentiroso mais mal elaborado que se possa conceber, por ser materialmente irrealista.
A despeito das mentiras oficiais dos dois lados, a chegada das embarcações russas à ilha-prisão do paraíso socialista da família Castro tem um claro objetivo: exibir uma demonstração de força ou até mesmo uma provocação ao Ocidente, especialmente aos Estados Unidos, por parte do regime ditatorial de Moscou, principalmente no momento em que cresce na Europa a aparente disposição para aumentar a ajuda à Ucrânia.
A chegada das embarcações militares russas também serve de recado para a América Latina: Vladimir Putin mostra a facilidade com que pode aportar facilmente na costa dos dois países cujos regimes ditatoriais são os aliados preferenciais dos russos no nosso subcontinente: Cuba e Venezuela.
A despeito das evidências do papel de Moscou, juntamente com a China, na sustentação e apoio aos principais regimes de ditadura do mundo, uma parcela expressiva da direita ocidental continua apoiando as ações do regime de Moscou, como a invasão criminosa da Ucrânia, e acreditando que Vladimir Putin é o redentor do Ocidente.
O que mostra que uma parcela expressiva da direita ocidental é basicamente um outro braço do autoritarismo revolucionário eurasiano herdeiro do bolchevismo.
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