por paulo eneas
Passados quase três meses desde seu início, o novo governo petista caracteriza-se pela ausência completa de entregas que beneficiem a população. Tudo o que temos até agora é uma retórica revanchista contra o antigo governo, ataques verbais permanentes às instituições de Estado como o Banco Central e o Ministério Público Federal, e a ausência completa de um claro plano de governo para as principais áreas da vida pública.

As únicas iniciativas concretas do governo até o momento vieram para prejudicar diversos setores da vida pública, atingindo negativamente empreendedores, aposentados e trabalhadores autônomos. As ações negativas do governo e ausência de medidas propositivas que beneficiem e população, que era a proposta petista, têm deixado atônicos os agentes econômicos e os atores políticos.
O governo petista decidiu já nos seus primeiros dias cortar linhas de financiamento do BNDES para a produção agrícola, afetando milhares de produtores rurais. Ao mesmo tempo em que o governo apressou-se em anular os decretos sobre armas do governo anterior, não teve a mínima preocupação em apresentar um plano robusto de segurança pública e de combate a criminalidade, que voltou a crescer no país.

Depois de vários anos viemos a assistir ações orquestradas de terrorismo praticadas pelo crime organizado, como tem ocorrido nos últimos dias no Estado do Rio Grande do Norte. O Governo Federal não foi capaz de oferecer resposta à altura, limitando-se a enviar um modesto contingente da Força Nacional de Segurança, e não apresentou plano algum para atingir o núcleo duro das organizações criminosas.

O titular do Ministério da Justiça tem se ocupado muito mais em embates ideológicos contra a direita do que em apresentar iniciativas concretas na área de segurança pública e de combate à criminalidade no país.
Na área da economia, todos os sinais são os piores possíveis: Lula segue atacando a autoridade monetária do Banco Central, em uma conduta considerada por alguns juristas como cometimento de crime de responsabilidade passível de impeachment. O suposto plano petista de retomada do crescimento econômico apresentado na campanha eleitoral continua no papel e não foi traduzido em qualquer ação concreta de governo.

Ao decidir baixar na canetada os juros dos empréstimos consignados vinculados a programas assistenciais, Lula afetou a vida de milhões de brasileiros, principalmente os mais pobres, que viram a fonte desses financiamentos secarem. Diante do enorme impacto social negativo desta medida, o governo precisou recuar da medida.

A menção feita na semana passada pelo petista Lula de uma suposta intenção do governo de reestatizar a Eletrobras afetou em cheio os patrimônio de milhões de assalariados, que utilizaram parte de seu Fundo de Garantia na aquisição de ações da antiga estatal quando de sua privatização.

Tomando apenas alguns desses exemplos pontuais, observamos que o país encontra-se em uma situação de não-governo, uma situação de ausência de uma autoridade institucional legitimamente constituída que sinalize claramente seus propósitos para o futuro da Nação.

Em outras circunstâncias, se tivéssemos uma autêntica oposição de direita democrática, com uma plataforma política clara e com capacidade de agregar e articular com outras forças políticas, o país estaria agora todo mobilizado em manifestações públicas, pacíficas e dentro da lei, exigindo o impeachment do petista Lula.



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