Projeto Político e Planejamento Financeiro: Versão Sumária


Sumário

I) Cenário Político: Uma Direita Sem Rumo e a Esquerda Nadando de Braçadas

II) Uma Direita Que Nada Tem a Propor aos Brasileiros

III) A Necessidade de Construirmos um Projeto de Nação

IV) A Missão do Inteligência Analítica

V) Nossas Necessidades e Planejamento Financeiro


I) Cenário Político: Uma Direita Sem Rumo e a Esquerda Nadando de Braçadas
O cenário político nacional não poderia ser pior. O governo petista vem obtendo vitórias seguidas no Congresso Nacional em todas as matérias relevantes, com apoio de parte expressiva dos parlamentares que foram eleitos ou reeleitos para supostamente fazer a “oposição de direita”.

Ao contrário do governo anterior, Lula não faz concessões apenas para manter-se no cargo: as concessões ao Centrão são feitas para assegurar o exercício de poder, que lhe possibilita executar seu programa de governo, pois a base eleitoral e social de Lula exige isso dele.

É oposto do governo passado, onde a base bolsonarista se contentava com a permanência de Jair Bolsonaro no cargo, ainda que às custas de concessões inimagináveis ao Centrão e à agenda da esquerda em prejuízo do programa de governo.

Os dados de inflação, câmbio e comércio exterior mostram que todas as previsões catastrofistas dos bolsonaristas falharam miseravelmente. O governo petista se estabeleceu, não enfrenta problemas de governabilidade e não possui oposição alguma no Congresso Nacional, nem oposição política organizada na sociedade civil.

A menos de algum imprevisto, Lula seguirá até o fim do seu mandato e poderá reeleger-se ou fazer seu sucessor. Todas as especulações sobre impeachment de Lula não passam de fantasias para iludir a direita.

A dura realidade é que não existe no Brasil uma direita política organizada e com enraizamento social capaz de antagonizar com a esquerda petista. Existe apenas um flagelo ideológico e moral que usurpa o espectro da direita.

Com uma ou outra exceção, a pseudodireita não possui parlamentares qualificados para o embate político e ideológico com a esquerda. Estes parlamentares não se preocupam com a entrega de resultados, mas unicamente em gerar engajamento em redes sociais.

A atuação desses parlamentares é guiada não por estratégia política, mas por técnicas de marketing digital e em geral perdem todos os embates que empreendem contra a esquerda.

Todas as iniciativas da fictícia oposição de direita malograram e foram revertidas em vitórias para a esquerda. Foi assim com a CPMI do 8 de Janeiro, cujo desfecho desastroso foi antecipado pelo Inteligência Analítica antes mesmo de sua instalação.

A CPMI incriminou mais pessoas e a atuação medíocre dos bolsonaristas serviu para dar projeção nacional ao ministro Flávio Dino, o que o catapultou para tornar-se o novo integrante da suprema corte. O mesmo ocorreu com a CPI do MST.

O Inteligência Analítica cobriu esse fatos na sua crueza em artigos e análises mostrando que essas derrotas não foram circunstanciais. Perder alguma batalha numa guerra faz parte do jogo, e isso não diminui ninguém. O problema reside na perda sucessiva de todas as batalhas, em claro sinal de despreparo para a guerra.

Mostramos que estas derrotas são expressão da incapacidade política, intelectual e moral dessa pseudo-direita em fazer frente ao petismo. O restante da mídia, canais e influenciadores supostamente de direita limitam-se a descrever essas derrotas como sendo “culpa” dos vencedores, a esquerda.


II) Uma Direita Que Nada Tem a Propor aos Brasileiros
A direita segue sem ter seu partido político próprio, contentando-se em ter sido reduzida a um mero apêndice ou puxadinho do Centrão. Após o fracasso do Aliança pelo Brasil, a ideia de ter um partido de direita nacional caiu numa espiral do silêncio: não se fala mais do assunto.

O Brasil continua sendo o único país do Ocidente em que metade do eleitorado vota na direita (pois metade dos eleitores votaram em 2018 e em 2022 em quem eles achavam que era de direita e foram, portanto, enganados) mas não existe partido de direita para esse eleitorado votar.

A direita não tem propostas para o enfrentamento à criminalidade, defesa de nossa soberania e do direito de propriedade. Não tem política para a região amazônica, ignora o tema do fomento à pesquisa científica, bate cabeça sobre privatizações, não sabe o que propor para a educação básica, nem o que fazer com os programas sociais.

A direita não tem propostas para a saúde pública, nem projetos para a cultura. E também nada diz sobre como otimizar nossa autossuficiência na produção de petróleo bruto para traduzi-la também em autossuficiência em produção de combustíveis.

Não há uma linha de produção de conhecimento sobre políticas urbanas, e nada é pensada para suprir nossa vulnerabilidade estratégica em fertilizantes para a agricultura.

Por não ter proposta alguma sobre nada, pois nunca se ocupou desses temas, a pseudo-direita não tem discurso propositivo, sendo portanto incapaz de pautar o debate público em torno de suas propostas, posto que elas não existem.

Desta forma, essa pseudo-direita limita sua atuação a embates ideológicos com a esquerda, embates esses puramente reativos e defensivos e nos quais sai sempre derrotada.

Com o bolsonarismo, essa debilidade acentuou-se e descambou para a lacração, mitada e deboche, quase sempre acompanhadas de insultos ao eleitor, em vez se tentar conquista-lo. Essa pseudo-direita investe na estratégia do medo e da difusão da angústia, alimentadas pela disseminação mentiras e distorção de fatos.

O fato desta direita ter obtido resultados expressivos nas duas últimas eleições presidenciais indica resiliência de metade do eleitorado em seu rechaço às políticas de esquerda e sua esperança, até aqui em vão, de dar novos rumos à direita para o país.

Mas essa resiliência poderá não repetir-se nas próximas eleições, principalmente se o cenário econômico estiver positivo, e se a pseudo-direita prosseguir sob o cabresto do Centrão e valendo-se apenas da retórica ideológica.


III) A Necessidade de Construirmos um Projeto de Nação

Todas estas questões elencadas mostram a necessidade de formularmos um Projeto de Nação. É chegado o momento da direita tomar para si a tarefa de formular tal projeto e inicia-lo agora, quando a direita não tem qualquer perspectiva de poder para o médio prazo.

Esse projeto exige a abordagem séria e tecnicamente e cientificamente embasadas dos diversos tópicos mencionados aqui, e muitos outros, e uma mudança de mentalidade na direita a ser reconstruída.

Demanda uma revisão das premissas e bases teóricas que explicaram o Brasil em anos recentes e sobre as quais a direita assentou-se, bem como uma revisão das estratégias de comunicação.

É preciso um esforço para conhecer e entender o Brasil de verdade e seus reais problemas e formular propostas de soluções exequíveis, técnica e cientificamente embasadas, e ancoradas nos valores da direita.

Isso implica em mudar nosso foco discursivo, deixando de lado a retórica puramente ideológica e esforço em pautar o debate público em cima do que a direita propõe como solução para os problemas materiais vividos pelo cotidiano das pessoas.

É preciso entender que, exceto por nichos específicos, o eleitor comum que forma a maioria não vota por critérios ideológicos, mas sim segundo a capacidade ou não do agente político em oferecer e entregar soluções aos problemas materiais percebidos por esse eleitor.

A direita a ser construída precisará também armar-se de noções elementares de ciência política. Entender que a política tem a ver com conquista, exercício e manutenção do poder, e que o poder não tem a ver com popularidade.

Compreender que política não tem a ver com o governante de turno mostrar que “estava certo no que dizia”, pois ninguém julga um governante pelo que ele fala, mas pelo que ele entrega.

Entender que política não é apegar-se ao cargo às custas do sacrifício da plataforma pela qual elegeu-se. O cargo político não é um fim em si, mas um instrumento de alavancagem de outros meios constitucionais para o exercício do poder.

Procuraremos aprofundar todos esses pontos em artigos e vídeos, inclusive com convidados, do Inteligência Analítica no escopo da missão a que nos propomos, conforme descrito a seguir.


IV) A Missão do Inteligência Analítica
O site Inteligência Analítica, sucedâneo do antigo Crítica Nacional, que foi levado à falência e por ação coordenada de cancelamento dos bolsonaristas, vem fazendo o necessário exame crítico da experiência fracassada da direita.

Todas as previsões que fazemos desde meados de 2020 se confirmaram. Antecipamos o esfacelamento daquela que já era uma ex-direita hegemonizada pelo bolsonarismo e reduzida a um puxadinho do Centrão.

Alertamos para o erro e os riscos envolvidos nas insanas mobilizações em frente a quartéis após as eleições presidenciais, incentivadas por narrativas mentirosas e descoladas da realidade.

Mostramos o erro das previsões econômicas catastrofistas dos bolsonaristas que não passavam de estratégia desonesta típica de movimentos políticos de ideologias autoritárias, que tentam se impor por meio da disseminação do medo e da desesperança numa violenta manipulação psicológica de massas que envolve a criação de inimigos ou ameaças imaginárias.

Nosso papel a partir de 2024
Já desde seu início, o Inteligência Analítica se propõe a analisar a real história da direita brasileira nos últimos dez anos. Procuramos também fazer uma caracterização realista dos nossos oponentes da esquerda, fugindo dos clichês simplistas meramente panfletárias que a ex-direita bolsonarista e seus agentes adotam.

Trata-se de uma tarefa árdua e desafiadora, mas decidimos prosseguir em vez de permanecer na lucrativa zona de conforto do bolsonarismo, cujo único “esforço intelectual” consiste em repetir fórmulas discursivas criadas entre 2013 e 2018 e que hoje de nada valem.

Continuaremos com este a este trabalho de produção de conhecimento político, a partir dos pontos levantados nesse documento. É decisão pessoal deste autor somente continuar se ocupando de assuntos públicos se for para realizar esta missão. Precisamos sim de dinheiro, mas não estamos aqui pelo dinheiro.

Iremos também estimular que conservadores autênticos venham a disputar para vereador nas eleições municipais desse ano, por qualquer sigla partidária, e seguiremos atuando para que a autêntica direita tenha como prioridade a formação de seu partido político próprio.

Esse futuro partido deverá estar alicerçado numa plataforma política robusta, ser capaz de elaborar políticas públicas e estar livre dos vícios da pseudo-direita apontados aqui. O autor desse documento se dispõe a se dedicar pessoalmente ao máximo a esse futuro projeto partidário.


V) Nossas Necessidades e Planejamento Financeiro
Nossa meta é que o Inteligência Analítica alcance a sustentação financeira com sua receita proveniente de uma base pulverizada de assinantes. Esta base ainda não existe e estamos projetando um prazo realista de seis meses para sua formação. Nesse interim, nossas necessidades precisarão ser cobertas por um grupo de patrocinadores. Estas necessidades são as seguintes:

1) Precisamos de um orçamento de R$ 60.000,0 para os próximos seis meses, necessários para cobrir um gasto mensal de R$ 10.000,00 até junho desse ano. O valor é baixo para um projeto dessa ambição e para um prazo de seis meses. Basta lembrar que o CPAC, que não agrega em nada para a organização e produção de conhecimento para a direita, e cujo registro mais relevante é um vídeo de bolsonaristas fazendo dancinha, custa várias vezes esse valor para um evento de apenas dois dias.

2) O patrocinador que desejar apoiar nosso projeto poderá fazer uma colaboração num valor único ou assumir conosco contribuições em parcelas no valor e pelo período que lhe forem convenientes.

3) O patrocinador que assim desejar, e somente mediante autorização pessoal expressa, será elencado no rol público de patrocinadores do Inteligência Analítica.

4) Empreenderemos uma campanha profissional de marketing digital visando atingir até junho desse ano uma base de assinantes que gere a receita equivalente aos dez mil reais mensais de que necessitamos.

Por fim, logo após o carnaval, na virada da segunda quinzena de fevereiro, iremos retomar as transmissões ao vivo e a produção regular de vídeos em nosso canal de Youtube, o que irá ampliar o alcance de nosso projeto político.

Paulo Eneas
Janeiro 2024

Como patrocinar:
PIX (CPF): 483.145.688-80
Nu Pagamentos (Nu Bank)

Importante:
Este documento é uma versão resumida do nosso Planejamento Estratégico Político Financeiro: Inteligência Analítica, cuja versão integral aprofunda em detalhes todos os pontos aqui levantados e que pode ser vista nesse link aqui.