O eleitorado de direita paulistano é forte o bastante para romper o cerco que lhe foi imposto pelo bolsonarismo e exigir que se tenha um candidato realmente de direita capaz de representa-lo, independentemente dos acordos e conchavos dos políticos que tentam convencer esse eleitorado a contentar-se com um candidato “menos pior” da centro-esquerda.


por paulo eneas
O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou na última sexta-feira (27/01) o lançamento da sua pré-candidatura à prefeito da cidade de São Paulo (SP) nas próximas eleições municipais desse ano.

Já neste lançamento da pré-candidatura, Abraham Weintraub apontou questões prioritárias a serem tratadas pelo próximo governante paulistano, como a interrupção de aumentos do IPTU e a solução do problema das cracolândias.

Caso sua candidatura seja confirmada, Abraham Weintraub terá realizado rompido o cerco que foi imposto ao eleitorado de direita paulistano que, ao menos até o momento, foi literalmente rifado pelo núcleo duro do establishment político formado pelo petismo, bolsonarismo e Centrão.

Esse eleitorado de direita foi rifado por decisão de Jair Bolsonaro que vetou a possibilidade de qualquer candidatura de direita, canalizando o voto desses eleitores para um candidato de centro-esquerda, o atual prefeito Ricardo Nunes, cuja gestão é um condomínio de petistas e tucanos, que era chefiado até há poucos dias pela sempre petista Marta Suplicy, que será candidata a vice de Guilherme Boulos (PSOL).

Trata-se do mesmo estratagema fracassado que o então Presidente Bolsonaro usou em 2020, quando tentou empurrar o eleitorado de direita para o obscuro Celso Russomano. O resultado foi a canalização dos votos da direita para o tucano Bruno Covas, falecido em 2021, de quem Ricardo Nunes era vice-prefeito.

Voto útil só é bom no dos outros
Se dependesse de Jair Bolsonaro e de seu operador político, Valdemar da Costa Neto, os eleitores paulistanos de direita ficariam de novo sem candidato de direita. Não sem motivo, os bolsonaristas já estão usando o argumento do voto útil: “o importante é derrotar Boulos”.

É o caso de perguntar a estes bolsonaristas se aceitariam esse argumento em 2018, de que “o importante é derrotar Haddad do PT” e se abririam mão da candidatura do então deputado federal Jair Bolsonaro em favor do tucano Geraldo Alckmin, para derrotar o petista.

A candidatura de Abraham Weintraub, que pretende viabilizar-se como candidato independente explorando possibilidades na legislação partidária e eleitoral, vem então para romper essa lógica viciosa que impera na “direita” de que o importante é escolher o “menos pior”.

A cidade de São Paulo, berço da direita que começou a renascer no Brasil em torno de 2013, não pode contentar-se em escolher o “menor pior”.

O eleitorado de direita paulistano é forte o bastante para romper o cerco que lhe foi imposto pelo bolsonarismo e exigir que se tenha um candidato realmente de direita capaz de representa-lo, independentemente dos acordos e conchavos dos políticos que tentam convencer este eleitorado a contentar-se com o “menos pior”.

Esse possível candidato da direita agora pode estar aí: é Abraham Weintraub. Caberá ao eleitor em outubro fazer a sua escolha, que não precisará ser a do “menor pior”. O eleitor de direita paulistano poderá escolher aquele que ele, o eleitor, julgar o melhor para sua cidade.

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