por paulo eneas
A Polícia Federal pediu na última sexta-feira (11/08) a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi feito no âmbito das investigações de ex-assessores do ex-presidente a respeito da suposta tentativa de venda de presentes doados ao Brasil por governantes estrangeiros durante visitas oficiais de Chefe de Estado.

As investigações apontam suspeita de que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente, teria supostamente tratado do repasse de 25 mil dólares em espécie para Jair Bolsonaro, segundo áudio apreendido em operação de busca cuja transcrição parcial veio a público na última sexta-feira, conforme mostramos na reportagem As Joias da República: Áudio de Mauro Cid Sugere Repasse de Dinheiro de Joias Para Bolsonaro.

A Polícia Federal fez a solicitação da quebra de sigilos bancário e fiscal junto ao Supremo Tribunal Federal. A decisão caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso que investiga o ex-presidente. As investigações da Polícia Federal apontam que o valor total das supostas transações com os presente diplomáticos, que incluem joias e outros objetivos de valor, pode ser superior a um milhão de reais.

Por lei, os presentes doados por governos estrangeiros durante visitas oficiais devem ser incorporados ao patrimônio da União, uma vez que se trata de uma doação ao País e não à pessoa do Chefe de Estado. Com informações de Gazeta Brasil.


 

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