Uma série de fatos concretos e documentados mostra que a política externa do governo petista, no que que diz respeito à aproximação com o eixo russo-chinês, é basicamente a continuidade de uma trilha que já foi aberta a partir da segunda metade do Governo Bolsonaro.


por angelica ca e paulo eneas
O petista Lula recebeu na última sexta-feira (22/09) no Palácio do Planalto a visita do líder da comitiva do Partido Comunista Chinês, Li Xi, que estava em visita oficial ao Brasil. Durante a conversa com o representante chinês o petista afirmou que o Partido dos Trabalhadores “tem uma forte relação com o Partido Comunista Chinês”.

Lula afirmou também durante o encontro que China é um “país-irmão”[do Brasil] e com proximidade “comercial e política” com nosso país. Na reunião com Li Xi, que é membro do Comitê Permanente do Politburo e Secretário da Comissão Central de Inspeção Disciplinar do Partido Comunista Chinês, Lula reforçou convite para que o presidente da China, Xi Jinping, visite o Brasil em 2024.

No próximo ano, completam-se 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China e 20 anos da criação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação. A pretexto da data, os dois países estão elaborando uma série de eventos. A visita de Xi Jinping, se o convite for aceito, será o principal deles.

No que diz respeito à relações com o regime de ditadura chinesa, o governo petista segue a trilha que foi aberta pelo Governo Bolsonaro, que cedeu a todas as exigências chinesas durante os quatro anos de seu governo.

O ponto culminante desta submissão comprometedora de nossa soberania nacional foi a saída do ex-chanceler Ernesto Araújo, que o ex-presidente Jair Bolsonaro afastou de seu então governo por exigência do então embaixador chinês, Lee Wanming.

Outro episódio importante da relação de submissão que o Brasil mantinha com a China durante o Governo Bolsonaro ocorreu quando o mesmo embaixador fez uma repreensão pública a uma fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Houve também o episódio em que o antigo chefe da Casa Civil do Governo Bolsonaro, general Luis Ramos, afirmou em cerimônia oficial no Palácio do Governo, que “não existe futuro para o Brasil sem a China”, além, é claro, da entrega da infraestrutura da Rede 5G para a chinesa Huawei.

Estes episódios listados e muitos outros ocorridos no governo anterior evidenciam o que temos afirmado há algum tempo: a política externa do governo petista, no que que diz respeito à aproximação com o eixo russo-chinês, é basicamente a continuidade de uma trilha que já foi aberta a partir da segunda metade do Governo Bolsonaro.


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