por angelica ca e paulo eneas
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) iniciou nesta na segunda-feira (14/10) um exercício nuclear anual denominado Steadfast Noon envolvendo dezenas de aeronaves voando sobre o sul da Europa. O exercício acontece logo após o ditador russo Vladimir Putin ameaçar que Moscou poderia mudar sua doutrina que determina o uso das armas nucleares da extinta União Soviética.

Sem mencionar a Rússia, o Secretário-Geral da Otan, Mark Rutte, disse na declaração do bloco militar que o exercício “é um teste importante da dissuasão nuclear da aliança e envia uma mensagem clara a qualquer adversário de que a OTAN protegerá e defenderá todos os Aliados”. A mensagem nada mais é que a reafirmação óbvia dos princípios e do estatutos da aliança militar ocidental.

A simulação será realizada na Bélgica e na Holanda. Voos sobre a Dinamarca, o Reino Unido e o Mar do Norte também estão programados. O início da atividade militar foi anunciada por Mark Rutte durante visita a Londres na última quinta-feira (10/10).

O Steadfast Noon é a segunda maior atividade militar da OTAN em 2024. A primeira delas aconteceu entre janeiro e maio deste ano, quando a aliança realizou a mais significativa convocação de soldados desde a Guerra Fria para exercícios conjuntos.

Participaram da atividade cerca de 90 mil soldados dos 32 estados-membros, mais de 80 aeronaves, 50 navios de guerra e 1,1 mil veículos de combate, como tanques. A previsão é que o exercício dure duas semanas.

Apesar de classificar o movimento como a simulação de uma resposta da aliança a um ataque rival, o exercício foi visto como uma simulação de guerra contra a Rússia.

Aeronaves bombardeiras e jatos de caça que podem carregar ogivas nucleares estão participando dos exercícios. Nenhuma munição real é usada. A maior parte do exercício está sendo realizada a cerca de 900 quilômetros (560 milhas) da Rússia, no Mar do Norte. Segundo a OTAN, Moscou foi informada previamente sobre a realização dos exercícios.

“Em um mundo incerto, é vital que testemos nossa defesa e a fortaleçamos para que nossos adversários saibam que a OTAN está pronta e é capaz de responder a qualquer ameaça”, disse o novo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, a repórteres em Londres.

Os Estados Unidos e o Reino Unido, com suas forças nucleares estratégicas, são essenciais para a dissuasão de segurança da OTAN. A França também possui armas nucleares, mas não faz parte do grupo de planejamento nuclear da organização.

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