O “salve” é uma gíria do crime organizado brasileiro, usada para descrever situações em que os chefes do crime emitem uma ordem para seus subordinados, em geral vinda de dentro dos presídios, para empreender determinadas ações criminosas contra policiais ou outras facções.
por angelica ca e paulo eneas
O ditador russo Vladimir Putin mandou emitir nesta terça-feira (13/02) um mandado de busca e prisão contra a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas. A emissão de um “mandado” dessa natureza não possui respaldo nem fundamento algum na lei internacional.
Países podem emitir alerta internacional contra pessoas que tenham cometido crimes previstos em lei em seus respectivos territórios. Esse alerta será executado pela Interpol segundo determinados critérios e regras bem definidos. O “mandado” de Vladimir Putin não atende nenhum desses critérios.
Na verdade, o “mandado” de Putin nada mais é que um “salve” para suas milícias e mercenários e grupos terroristas sustentados pelo regime russo para que eventualmente venham a promover algum atentado contra a premier estoniana.
O “salve” é uma gíria do crime organizado brasileiro, usada para descrever situações em que os chefes do crime emitem uma ordem para seus subordinados, em geral vinda de dentro dos presídios, para empreender determinadas ações criminosas contra policiais ou outras facções.
O mandado de Vladimir Putin veio a pretexto do esforço que os países bálticos (Estônia, Lituânia e Letônia) vem fazendo para a remoção de monumentos e símbolos da era soviética, quando estes países viviam sob a ocupação de tropas russas desde o final da Segunda Guerra.
A intimidação russa contra Kaja Kallas veio também em represália ao esforço que a premier estoniana vem fazendo junto à União Europeia para o apoio continuado à Ucrânia em sua guerra contra a invasão russa. A Estônia faz parte da OTAN.
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