por paulo eneas
A atual e ainda ministra da Saúde do Governo Lula, socióloga Nísia Trindade, teve uma contribuição valiosa do então presidente Jair Bolsonaro para a ascensão de sua carreira política, ascensão esta que possibilitou-lhe chegar ao Ministério da Saúde onde empreende uma gestão de viés estritamente ideológico, como foi o caso da norma técnica relacionada ao aborto.
Militante de esquerda e funcionária da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em uma área não relacionada à atividade-fim da entidade, que é pesquisa na área médica, a socióloga militante foi reconduzida à presidência da Fiocruz pelas mãos do presidente Jair Bolsonaro no segundo ano de seu governo.
A nomeação da socióloga Nísia Trindade para seu segundo mandato à frente da Fiocruz foi publicada no Diário Oficial da União de 11/01/2021.
Após a nomeação, Nísia Trindade reuniu-se com o então ministro chefe da Casa Civil, general Braga Netto, e com Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde, chefiado por Eduardo Pazuello e outros integrantes do alto escalão do governo. Por fim, a socióloga foi recebida pelo então presidente Bolsonaro.
Além de nomear uma militante de esquerda para chefiar a Fiocruz, Jair Bolsonaro atendeu naquele mesmo ano pedido do senador Humberto Costa (PT-PE) e nomeou o médico sanitarista Jarbas Barbosa, um dos criadores do Programa Mais Médicos da era Dilma Rousseff, para representar o Brasil na OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde.
A OPAS, a mais antiga organização internacional de saúde de todo o mundo, é a mais importante organização regional de saúde do continente americano. A entidade é vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS). Trata-se de uma entidade aparelhada e controlada pelo regime de Havana, encarregada de fazer a gestão internacional dos “médicos” que a ditadura cubana exporta para vários países.
Estes dois episódios relevantes do Governo Bolsonaro, a recondução de Nísia Trindade à chefia da Fiocruz e a nomeação do criador do Programa Mais Médicos para representar o Brasil na OPAS, são sistematicamente ocultados e ignorados pela imprensa chapa-branca bolsonarista que sonega essas informações de seus leitores.
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