por paulo eneas
A candidato a prefeito de São Paulo (SP) escolhido por Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes, recebeu esta semana o apoio do partido Solidariedade, de propriedade do sindicalista e deputado federal paulista Paulinho da Força (em destaque na foto).
O deputado sindicalista e seu partido estiveram juntos com os petistas na campanha presidencial de 2022 em apoio a Lula. Durante o evento em que anunciou o embarque de seu partido na canoa de Ricardo Nunes, Paulinho da Força elogiou a presença do comunista Aldo Rebelo na atual administração municipal paulistana.
Aldo Rebelo, comunista brasileiro histórico que fez carreira política por décadas chefiando o PCdoB, entrou na prefeitura paulistana pelas mãos de Jair Bolsonaro para ocupar a função de articulador político de Ricardo Nunes, função que era anteriormente exercida pela sempre petista Marta Suplicy.
Por sua vez, Marta Suplicy saiu da prefeitura para ser a vice de Guilherme Boulos (PSOL), a mando do petista Lula, embora estivesse sendo também cogitada para ser a candidata a vice do atual prefeito apoiado por Jair Bolsonaro. Ricardo Nunes não escondeu sua insatisfação com a perda de sua aliada petista.
É este arco político encabeçado pela esquerda que está por trás do candidato que Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas enfiaram goela abaixo de sua base e que vai ser apresentado ao eleitorado paulistano como sendo o candidato “da direita”.
Resta saber se a base bolsonarista irá engajar-se na campanha de um candidato que tem em seu entorno esse conjunto de forças claramente esquerdistas. Na eleição municipal anterior, em que o então presidente Jair Bolsonaro também rifou o eleitorado de direita ao apoiar o obscuro Celso Russomano, o resultado foi desastroso. Por que razão os bolsonaristas acreditam que dessa vez será diferente?
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