por paulo eneas
Conforme antecipamos nesta terça-feira (01/10) em mensagem direta aos leitores inscritos em nosso canal de contatos, Israel não retaliou nem irá retaliar de imediato o Irã pelo ataque com 181 mísseis balísticos disparados do território iraniano em direção a Israel. A quase totalidade dos mísseis foi interceptada pela defesa aérea israelense com auxilio militar direto dos Estados Unido e da Jordânia.

Um conhecido canal do Telegram muito acessado por brasileiros divulgou ontem a informação errada de que a defesa israelense havia falhado quando do ataque dos mísseis iranianos por que o sistema Iron Dome não teria sido acionado. Essa informação está errada.

O Estado de Israel possui um sistema de defesa aérea de três camadas. O sistema Iron Dome, para conter ataques de curto alcance; o sistema David, voltado a ataques de médio alcance; e o sistema Arrow, para contenção de ataques de longo alcance.

O ataque iraniano desta terça-feira foi feito com mísseis de longo alcance e de elevada altitude. Os mísseis foram abatidos no ar por caças israelenses e por dispositivos de defesa antiaérea dos Estados Unidos e da Jordânia. Logo, não houve falha da defesa israelense. Tivesse falhado, haveria centenas de mortos entre os israelenses, o que não foi o caso. Houve apenas uma baixa civil: um “palestino” atingido na cidade de Jericó por um estilhaço de míssil abatido no ar.

A Prioridade É Conter o Hezbollah
O foco das ações do IDF no momento é a fronteira com o sul do Líbano, controlado pelo grupo terrorista Hezbollah, que é financiado pelo Irã e por Moscou. A inteligência israelense descobriu que o grupo terrorista planejava executar uma ação semelhante àquela perpetrada pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 a partir da Faixa de Gaza, e que matou mais de mil quinhentos civis israelenses, além de dezenas de sequestrados.

Uma ação dessa natureza seria perpetrada pelo Hezbollah a partir do sul do Líbano em direção ao norte de Israel, na Galileia, mirando a população civil israelense, e seria empreendida por cerca de três mil terroristas do grupo após o 7 de outubro desse ano, próximo ao feriado religioso judaico do Yom Kipur.

Esta ação teria uma dimensão muito mais trágica, pois o Hezbollah é um grupo terrorista muito mais poderoso com capacidade de ação muito superior àquela do Hamas. Daí que a prioridade da defesa israelense no momento não é a retaliação ao Irã, mas a contenção do Hezbollah, motivo pelo qual dezenas de milhares de famílias israelenses foram evacuadas da Galileia em direção mais ao sul do país.

Esta contenção será feita, também, com a criação de um buffer (zona tampão) sob controle de Israel no sul Líbano, o que traz de volta o cenário de 1980, quando Israel mantinha forte presença no sul libanês e depois cometeu o erro de retirar-se, no âmbito de um malfadados “acordos de paz” firmados pelos governos de esquerda do Estado de Israel.

A retaliação de Israel ao Irã pelo ataque desta terça-feira virá em ação coordenada com os Estados Unidos, e possivelmente com alguns países europeus, além do endosso não oficial por parte da Jordânia e da Arábia Saudita. Essa retaliação irá provavelmente visar alvos industriais, instalações petrolíferas e principalmente as instalações de pesquisa e produção de armamento nuclear.

As ações irão também desmentir a narrativa mentirosa da campanha de Donald Trump que tem procurado culpar o atual governo americano pelo ataque do Irã. Donald Trump sabe que isto é mentira, mas tem agido feito abutre espalhando fake news sobre a natureza das relações históricas entre o Estado de Israel e os Estados Unidos, visando unicamente incutir temor e ansiedade no eleitorado judeu norte-americano.

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