por angelica ca
A chegada de dois navios de guerra iranianos ao porto do Rio de Janeiro em 26/02 último, autorizados pelo Governo do Brasil e pela Marinha de Guerra do Brasil, suscitou críticas e reações pesadas por parte dos Estados Unidos e do Estado de Israel.
Na quinta-feira (02/03) da semana passada, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, criticou o Brasil por permitir a atracagem e permanência das duas embarcações em nosso território, instando o governo brasileiro a não conceder um “prêmio” ao Estado Teocrático de Teerã. Lior Haiat disse que a autorização dada pelo governo brasileiro é “um fato perigoso e lamentável”.
O chanceler israelense acrescentou que a República Islâmica do Irã é um estado hostil, “responsável por crimes contra os direitos humanos contra sua própria população, realizando atos terroristas em todo o mundo e distribuindo armas a grupos terroristas em todo o Oriente Médio”.
Os comentários de Haiat seguiram-se a outros feitos no dia anterior pelo porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price. Respondendo a uma repórter sobre os navios que chegaram ao Brasil, Price disse que Washington está discutindo a questão com parceiros brasileiros e quer garantir que o Irã “não seja capaz de se firmar, não seja capaz de tirar vantagem de outros em nosso hemisfério”.
A pressão dos Estados Unidos não impediu que o navio-base avançado IRIS Makran e a fragata leve IRIS Dena, da Marinha da República Islâmica do Irã, atracassem no porto do Rio de Janeiro no último domingo (26/02). As embarcações IRIS Makran e IRIS Dena foram autorizadas a permanecer em território brasileiro até o dia 4 de março.