por angelica ca e paulo eneas
A Missão Comercial do Brasil na China anunciou nesta quarta-feira (29/03) o fechamento de acordos para criação de mecanismos que permitirão o comércio entre dois países sem envolver o dólar norte-americano nas transações.

Entre os acordos privados firmados nas visita de empresários brasileiros à China, o Banco Bocom BBM anunciou a adesão ao China Interbank Payment System (CIPS). O Bocom BBM será o primeiro banco sul-americano a integrar o CIPS.

Por sua vez, a sucursal brasileira do Industrial and Commercial Bank of China passará a atuar como banco de compensação da moeda chinesa no Brasil.
A integração ao CIPS possibilitará a realização de operações de câmbio direto entre o real brasileiro e a moeda chinesa, o RMB. Com a adoção da medida, a economia brasileira passará a integrar-se cada vez ao sistema econômico da ditadura chinesa.

Esta integração não se resume aos aspectos estritamente econômicos, umas vez que a principal beneficiária desta integração será a ditadura comunista chinesa, que usa e mecanismos econômicos no contexto de soft war para promover seu expansionismo.
Um destes mecanismo, por exemplo, é a estratégia do Road and Belt. Conhecido também como Nova Rota da Seda, a estratégia já envolve um total 147 países segundo informa o próprio Partido Comunista Chinês.

Fontes independentes, como o Aid Data, afirmam que um em cada três desses projetos envolve corrupção e ameaça à soberania nacional dos países envolvidos. O Brasil ainda não faz parte oficialmente da estratégia comercial Road and Belt, mas o processo de integração das economias brasileira e chinesa apontam nesta direção.

A integração econômica abrirá cada vez mais espaços para a interferência chinesa em assuntos políticos internos e de diplomacia do Brasil, o que já vem ocorrendo há alguns anos, aprofundou-se durante o Governo Bolsonaro e será ainda mais acentuado durante o Governo Lula. Fonte: Investing | CNN Brasil.

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