por paulo eneas
Em meio a comoção nacional causada pelo crime hediondo de Blumenau (SC) ocorrido nesta quarta-feira (05/04), quando um assassino confesso invadiu uma creche e matou quatro crianças à machadadas e feriu outras cinco, o ministro dos Direito Humanos do Governo Lula, Silvio Almeida, fez uma declaração totalmente desconexa, sem sentido e profundamente oportunista sobre o ocorrido.
O ministro optou por fazer um palanque político-ideológico em cima da tragédia, em vez de pronunciar-se da maneira que seria esperada da parte de um Ministro de Estado, inclusive no que diz respeito ao amparo aos familiares das vítimas. Silvo Almeida afirmou:
“Nós vamos esperar chegar nos números dos Estados Unidos, que é país que é modelo para muita gente aí? Vamos esperar chegar em trezentos ataques por ano em escolas? Com essa gente cultuando armas? Com essa gente querendo dar golpe de Estado no Brasil? Querendo mais é que as pessoas morram de fome? Que crianças e adolescentes vão ter um futuro?” (grifos nossos)
O senhor ministro dos Direitos Humanos precisaria esclarecer alguns pontos de seu infeliz pronunciamento. A começar, quem é “essa gente” a que ele faz referência em sua fala como Ministro de Estado? O que tem a ver o suposto culto de armas, se é que isto existe, com o crime ocorrido em Blumenau, uma vez que o criminoso usou uma ferramenta de trabalho manual, um machado, para assassinar as crianças?
O senhor Sílvio Almeida falou em pessoas querendo supostamente dar um golpe de Estado. Mas que relação existe entre esta suposição do senhor ministro com o ato criminoso ocorrido em Blumenau? O que tem a ver o assassinato hediondo de quatro crianças por parte de um psicopata com supostas intenções golpistas?
Fazendo uso empobrecido do vernáculo, o ministro sugere que “essa gente” estaria “querendo é mais” que as pessoas morram de fome. Como assim? Que relação existe entre o crime de Blumenau e a suposta vontade da parte de sabe-se lá quem que as pessoas (que pessoas?) morram de fome?
Observe-se que o infeliz pronunciamento do ministro dos Direitos Humanos do Governo Lula não resiste a uma análise de discurso quando comparado ao fato objetivo, o assassinato de crianças, que em tese ensejou sua fala.
O ministro parece ter apenas pinçado a tragédia de Blumenau como pretexto para fazer um palanque político-ideológico rasteiro próprio de militante esquerdista mediano, esquecendo-se do cargo de Ministro de Estado que ele ocupa.
O ministro não se preocupou em solidarizar-se com os familiares das vítimas. Não se dignou nem mesmo a oferecer suporte e amparo a estas pessoas no âmbito de sua pasta. Não se preocupou em anunciar que medidas no âmbito de seu ministério estariam sendo tomadas para proporcionar segurança às escolas e creches.
Enfim, o ministro ignorou por completo o fato objetivo do crime, para tão somente fazer um exercício sofrível e medíocre de proselitismo político-ideológico amador sem qualquer conexão com o fato ocorrido.
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