por angelica ca e paulo eneas
As manifestações em favor da vida desde a sua concepção estão entre as principais pautas capazes de mobilizar diversos segmentos da sociedade civil, independentemente de preferências partidárias ou mesmo orientações ideológico-políticas em seu estrito senso. Conforme temos noticiado no Inteligência Analítica, as manifestações pró-vida têm ganhado escala na Europa.
A mais recente manifestações de peso ocorreu no início deste mês de setembro em Londres, Inglaterra, quando milhares de pessoas participaram da Marcha pela Vida. O evento ocorreu no sábado (02/09) e tinha como lema a defesa da vida desde a concepção e o rechaço veemente ao aborto.
A nona marcha anual teve como tema a “Liberdade para Viver”. Os participantes da marcha ostentavam cartazes com mensagens dizendo “O aborto destrói a liberdade de viver” e “Vida desde a concepção, sem exceção”.
Segundo dados oficiais, de quando a Lei do Aborto foi aprovada em 1967, mais de 10 milhões de abortos foram realizados na Inglaterra. Somente no ano de 2021 aconteceram 214.256 abortos na Inglaterra e no País de Gales, segundo o site oficial do governo do Reino Unido.
Em 2022 o parlamento britânico votou para permitir permanentemente que as mulheres na Inglaterra e no País de Gales administrassem a si próprias pílulas abortivas, sem passar por consulta médica. Anteriormente, os abortos domiciliares eram permitidos apenas em caráter temporário.
A marcha ocorreu cerca de dois meses depois de dados do governo do Reino Unido indicarem um número recorde de abortos realizados na Inglaterra e no País de Gales no ano passado.
Estatísticas divulgadas em junho pelo Departamento de Saúde e Assistência Social mostram que 123.219 abortos para residentes da Inglaterra e do País de Gales ocorreram nos seis meses entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2022. O número é 17.731 superior ao total registado nos primeiros seis meses de 2021, que foi de 105.488 para residentes de Inglaterra e País de Gales.