por angelica ca e paulo eneas
O ditador venezuelano Nicolás Maduro anunciou neste fim de semana que mais de 2 mil manifestantes foram presos no país por participar dos protestos contra o resultado oficial das eleições presidenciais fraudulentas realizadas na Venezuela e que deram a “vitória” ao chefe do regime chavista.
“Temos 2.000 presos capturados [que serão enviados para as prisões de] Tocorón e Tocuyito [onde receberão], pena máxima, justiça. Desta vez não haverá perdão”, afirmou o ditador em tom triunfante diante de milicianos que marcharam nesse final de semana em Caracas em seu apoio.
Nicolas Maduro acusou os manifestantes detidos de alegadamente incendiarem centros eleitorais, bem como sedes regionais da Comissão Eleitoral. Maduro ainda afirmou que “todos confessam, todos, porque houve um processo judicial rigoroso, dirigido pela Procuradoria-Geral da República, com todas as garantias e todos estão condenados e confessados”.
A fala do ditador Maduro é mentirosa: familiares dos detidos nos protestos e diversas entidades não governamentais denunciaram que o regime de ditadura tem impedido os presos de receberem assistência jurídica de seus advogados e visitas de familiares.
A coordenadora jurídica da entidade não governamental Foro Penal, Stefania Migliorini, afirmou à agência de notícias EFE que algumas pessoas capturadas estão sendo julgadas em “tribunais de terrorismo” sem acesso a defesa com advogados.
A entidade documentou que até a manhã do dia 04 de agosto, cerca de 988 prisões haviam sido verificadas e identificadas, todas elas relacionadas aos protestos. Dentre os quase mil presos, havia 91 adolescentes. Além das prisões, um total de 24 manifestantes haviam sido mortos pelas forças de repressão do regime chavista até esta terça-feira (06/08) segundo a entidade Human Rights Watch.
Desdobramento Por Nós Antecipado
As prisões em massa, mortes e violações de direitos humanos após as eleições fraudulentas venezuelanas foram antecipadas pelo Inteligência Analítica no artigo Ditadura Venezuelana Reprime Manifestantes e Opositores Diante da Omissão Covarde das Democracias Liberais do Ocidente, publicado em 30 de julho.
Nesse artigo dissemos que, assim como vem ocorrendo há anos, os venezuelanos estariam entregues à própria sorte ante à covardia e omissão das principais lideranças de direita do Ocidente e que o saldo da manifestações que então se iniciavam seria mais prisões e mortes de manifestantes sem que nenhuma ação externa mais efetiva contra a narcoditadura chavista viesse a ser tomada.
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