por angelica ca e paulo eneas
A sessão plenária do Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (14/02) uma legislação estabelecendo a proibição total da comercialização de veículos novos com motores a gasolina, diesel e híbridos movidos a combustível e eletricidade a partir do ano de 2035.
A sessão do parlamento aprovou também a meta de redução pela metade das emissões de dióxido de carbono (CO₂) em automóveis novos de passageiros até o ano de 2030. A partir de então e até o ano de 2035 haverá aumento da restrições até a proibição total de comercialização de veículos a combustão a partir de 2035.
A medida foi aprovada pelo Parlamento Europeu com 340 votos a favor, 279 contra e 21 abstenções. O bloco denominado Partido Popular Europeu, de viés supostamente mais à direita, posicionou-se contra a nova legislação. Antes que a regra entre em vigor, será preciso que cada um dos Estados membros da União Europeia venha a aprová-la em seus respectivos parlamentos nacionais.
Esta medida aprovada pelo Parlamento Europeu vem no bojo da histeria climática que tem sido alimentada pelos globalistas ocidentais e que tem na liderança da União Europeia, no presidente norte-americano Joe Biden e no premier canadense Justin Trudeau seus principais porta-vozes.
Esta histeria climática tem de um lado um braço ideológico alinhado com as correntes de esquerda que, ancoradas em certas concepções filosóficas, procuram impor uma sentimento de culpa coletiva a toda humanidade pelo fato de ela existir, como se sua existência estivesse em conflito permanente com as demais formas de vida no planeta e com o próprio planeta.
O outro braço, aquele que efetivamente dá as cartas, é o braço dos interesses econômicos associados às chamadas “energias alternativas”, invariavelmente caras e que demandam grandes investimentos, facilitando assim os segmentos monopolistas. A principal consequência econômica desta histeria é beneficiar a economia da China, que coloca-se apartada das obrigações impostas ao Ocidente por meio dos acordos climáticos.
Esta nova legislação proibindo motores à combustão, se efetivamente entrar em vigor, terá reflexos em todo o mundo ocidental, pois a União Europeia é o maior bloco comercial do mundo, com capacidade de estabelecer e impor certos padrões internacionais. Além disso, o bloco abriga alguns dos maiores fabricantes mundiais de automóveis, como Volkswagen e Mercedes.