O depoimento de hoje culmina uma sucessão de fatos que foram todos antecipados pelo Inteligência Analítica.
por paulo eneas
Encerrou há poucos minutos o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal desta quinta-feira (22/02). O ex-presidente e quase todos os membros da cúpula do governo anterior, incluindo ex-assessores e ex-ministros e militares, foram intimados no início desta semana para depor no âmbito da Operação Tempus Veritatis.
Jair Bolsonaro havia pedido ao Supremo Tribunal Federal o direito de não comparecer para depor, mas o pedido foi negado. No depoimento, o ex-presidente exerceu o direito constitucional de permanecer em silêncio e nenhum pergunta foi respondida.
A defesa do ex-presidente alega não ter tido acesso aos documentos relacionados às declarações do tenente Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente nem aos conteúdos de celulares e computadores apreendidos nas diligências realizadas no dia 8 de fevereiro. Os advogados também afirmaram que, no entender deles, a investigação em andamento é semi-secreta.
Desde a prisão do tenente-coronel Mauro Cid ainda no ano passado, o Inteligência Analítica vem antecipando que o ex-ajudante de ordens iria fazer uma delação premiada, o que foi desdenhado por todos os bolsonaristas, acostumados que estão a fazer análises políticas por meio do exercício permanente de negação da realidade.
Também antecipamos que o conteúdo da delação de Mauro Cid iria envolver diretamente o ex-presidente e seu núcleo duro mais próximo, inclusive ex-ministros e ex-assessores e militares. Os fatos desta semana mostraram que nossas informações prévias estavam corretas.
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