por angelica ca e paulo eneas
O Ministério da Saúde, chefiado pela socióloga Nísia Trindade, definiu nos dias 19 e 20 de julho as prioridades de ações e serviços públicos do país para os próximos quatro anos. As prioridades são todas ideológicas e os problemas reais da saúde pública brasileiro foram completamente ignorados. Dentre estas prioridade estão a legalização do aborto, do uso de maconha e disponibilização de cirurgia de “mudança de sexo” para menores a partir dos 14 anos.

O documento intitulado “Legalização do aborto e a legalização da maconha no Brasil”, procura garantir os chamados “direitos sexuais e os direitos reprodutivos das mulheres e meninas”. Fala em caderneta de gestante, pré-natal com “foco não binário” e no início do uso de hormônios em jovens maiores de 14 anos para fins de “mudança sexo”, sob o pretexto de “enfrentamento ao patriarcado”.

Estas pautas foram definidas como as prioridades do Ministério da Saúde durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, e refletem a completa ideologização da área da saúde em torno da agenda identitária como uma das estratégias esquerdistas prioritárias do governo petista.

Enquanto na área da economia o Governo Lula procura levar adiante uma agenda que “não mate a galinha dos ovos de ouro”, nas chamadas áreas sociais o governo petista acelera sua agenda ideológica ao máximo, o que coloca este governo em linha com todas as diretrizes dos globalistas, a despeito da sua política externa alinhada ao eixo russo-chinês e ao Foro de São Paulo.

As pautas ideológicas da pasta da saúde foram definidas pelo plenário do Conselho Nacional de Saúde durante encontro entre membros da área do governo petista. Ao todo, foram definidas 59 prioridades conforme mostra a Resolução nº 715/2023.

Conforme consta do documento, a orientação da pasta da saúde para os anos 2024 a 2027 é “enfrentar o racismo, a intolerância religiosa, o patriarcado, a LGBTIA+fobia, o capacitismo, a aporofobia, a violência aos povos indígenas e todas as formas de violência e aniquilação do/a outro/a”.

A página 12 do documento traz as menções ao aborto e ao uso da maconha. O item 49 do documento afirma que é preciso “garantir a intersetorialidade nas ações de saúde para o combate às desigualdades estruturais e históricas, com a ampliação de políticas sociais e de transferência de renda, com a legalização do aborto e a legalização da maconha no Brasil”.

A completa ideologização esquerdista da área da saúde promovida pelo governo petista é tão ou mais grave que a ideologização da educação. Os problemas reais que a população vive há décadas em decorrência da péssima qualidade do serviço público de saúde são colocados de lado em favor de pautas ideológicas.

Existe a demora e precariedade no atendimento na ponta do usuário, a espera por anos por cirurgias eletivas, precariedade das instalações dos hospitais e unidades de saúde pública, as condições em geral adversas para o trabalho dos médicos e demais profissionais de saúde e mais uma série infindável de problemas que faz do sistema público de saúde brasileiro um dos piores do mundo, a despeito de consumir bilhões do orçamento federal.

Mas tudo isso parece ser apenas um detalhe para os petistas. Importa é ignorar estes problemas reais que afligem milhões de brasileiros, principalmente os mais pobres, e instrumentalizar toda a estrutura de saúde pública nacional para fins unicamente ideológicos.


 

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