por angelica ca e paulo eneas
Em uma decisão histórica, a Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos decidiu na última quinta-feira (29/06) que as faculdades e universidades norte-americanas devem abolir os procedimentos de ingresso de estudantes com base na cor da pele ou na origem étnica dos candidatos, os quais os juízes classificaram como inconstitucionais.
Por seis votos a três, os juízes da suprema corte examinaram especificamente as práticas de ingresso de estudantes da Universidade da Carolina do Norte e da Universidade de Harvard. Em ambos as prestigiadas universidades, os magistrados entenderam que o uso da raça como critério para o ingresso viola a Constituição dos Estados Unidos.
A Suprema Corte considerou que o critério racial ou étnico viola a cláusula de igualdade contemplada na Décima Quarta Emenda da Constituição, que garante que os indivíduos devem receber proteção igual das leis e das agências estatais, o que inclui as universidades.
O autor da ação que deu origem à sentença, Edward Blum, fundador do Students for Fair Admissions, considerou que os protocolos de ingresso nas universidades baseados no critério étnico ou racial, iniciado há mais de uma década por meio da teoria esquerdista da affirmative action (ação afirmativa) discriminam e prejudicam os estudantes brancos e asiáticos.
A chamada affirmative action foi o primeiro passo dado pela esquerda norte-americana para dar início à sua agenda racialista, que resultou entre outros na política de cotas raciais para ingresso em universidades, política esta que foi copiada pela esquerda brasileira.
A affirmative action vinha avançando na direção da Teoria Crítica da Raça, uma construção teórica da esquerda norte-americana que procura reescrever a história dos Estados Unidos numa perspectiva vitimista racista.