por paulo eneas
Depois do acordo já praticamente fechado com o Partido Republicanos para integrar a base de apoio ao Governo Lula no Congresso Nacional em troca de uma vaga na Esplanada dos Ministérios, o próximo partido da fictícia “oposição de direita” do bolsonarismo-Centrão a alojar-se em breve no ninho petista será o Partido Progressista.
Segundo nossas fontes, as negociações para a próxima renovação das mesas diretoras das duas casas do Congresso Nacional já estão em andamento e se confirmados os arranjos que estão sendo tratados, a fictícia “oposição de direita” eleita com apoio de Jair Bolsonaro no ano passado deixará de fato de existir, até mesmo como mera ficção política.
Os nomes que estão sendo costurados para as chefias das casas legislativas pela articulação petista junto ao União Brasil e ao Centrão seriam o do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), para a presidência da Câmara dos Deputados, e de David Alcolumbre (União-AP) para chefiar o Senado.
No acordo que está sendo acertado, o Partido Progressistas abriria mão do controle que atualmente exerce sobre a mesa diretora da Câmara dos Deputados e não disputaria a mesa do Senado. Em troca, levaria para si o Ministério da Saúde do governo petista.
Os partidos Republicanos e Progressistas formavam a base do antigo Governo Bolsonaro, e foram apresentados à base bolsonarista como uma imaginária força política de oposição de direita ao governo petista.
Mas desde o início do novo governo petistas, ambas as siglas têm garantido os votos necessários para a aprovação dos principais projetos petistas no Congresso Nacional e nunca constituíram-se em oposição ao atual governo, exceto na fantasia política dos bolsonaristas e em narrativas simplórias da grande imprensa.
Nossas fontes também avaliam que o acordo que está sendo costurado terá o endosso de Jair Bolsonaro nos bastidores, ainda que publicamente o ex-presidente venha a continuar com sua falsa retórica oposicionista para alimentar e manter sua base cativa.
Se confirmado esse desdobrando trazido pelas nossas fontes, não será surpresa para os leitores do Inteligência Analítica: já de há muito estamos afirmando que o bolsonarismo junto com o Centrão constituem-se em linha auxiliar da esquerda petista e essa simbiose do bolsonarismo com o petismo ficará ainda mais evidenciada nas eleições municipais do ano que vem.
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