por paulo eneas
O terrorista Ismail Haniyeh, que foi líder político supremo da organização terrorista Hamas por cerca de sete anos, foi morto no Irã nesta quarta-feira (31/07). Ismail morreu após ser atingido por um míssil lançado de um país estrangeiro supostamente não identificado, conforme informado por algumas mídia internacionais.

Ismail Haniyeh atuava como uma espécie de “diplomata” (ou seja, um lobista internacional) da organização terrorista, especialmente no período recente de recrudescimento dos embates com as forças israelenses na Faixa de Gaza, após o sequestro de civis de Israel pelo grupo terrorista em outubro do ano passado.

O lobista era o principal interlocutor do Hamas com o regime de ditadura teocrática do Irã. Entre os anos de 2014 a 2017, Haniyeh foi chefe do Hamas na Faixa de Gaza, após o que se tornou “presidente do escritório político da organização”, ou seja o chefe da área de lobby internacional do grupo terrorista.

Haniyeh foi preso pelo menos quatro vezes por atividades terroristas, mas ainda assim foi feito um esforço para construir sua imagem como sendo de um líder político conciliador e pragmático, imagem essa que boa parte da imprensa internacional reproduz, como se houvesse moderação e pragmatismo em organizações terroristas.

Segundo informações da mídia local, o líder da Jihad Islâmica, outra organização terrorista que atua na Faixa da Gaza, Ziyad al-Nakhalah, morava no mesmo prédio que Haniyeh. Ele estava na capital iraniana para participar da posse do novo presidente iraniano Masoud Pezeshkian.

No evento de posse do novo presidente iraniano, estavam presentes os representantes políticos de diversas organizações terroristas do Oriente Médio, e também o representante oficial do Brasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que permaneceu sentado ao lado de Ismail Haniyeh em toda a cerimônia, poucas horas antes do lobista do Hamas ser morto.

Após a morte do líder do Hamas, Israel não confirmou ser responsável pelo ocorrido, embora tenha assumido o assassinato de Fuad Shukr, comandante sênior do Hezbollah libanês, em resposta a um ataque de foguete do Hezbollah que matou 12 crianças israelenses nas Colinas de Golã em 27 de julho.

Nesta quarta-feira (31/07), a Rússia, principal potência aliada e financiadora dos grupos terroristas do Oriente Médio, convocou reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar da morte do lobista político e terrorista do Hamas.

“A pedido do Irã, com o apoio da Rússia, da China e da Argélia, a nossa presidência convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas em relação ao assassinato em Teerã do chefe de gabinete político do Hamas, Ismail Haniya”, relatou o representante da Rússia na Organização das Nações Unidas, Dmitry Poliansky.

Embora não tenha assumido oficialmente, tudo indica que o Estado de Israel tenha atuado na eliminação de Ismail Haniyeh. A questão que cabe colocar é por que Israel demorou tanto a eliminar um dos principais lobistas internacionais do Hamas, que sempre atuou com desenvoltura o longo de vários anos.

Como sempre ocorre há décadas, é provável que o Estado de Israel tenha sido pressionado a não eliminar o agente terrorista antes por pressão de Washington, que somente agora concordou com a ação israelense em vista do ambiente político eleitoral dos Estados Unidos esse ano. Colaboração de Angelica Ca.

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