por angelica ca e paulo eneas
O governo do ditador socialista da Nicarágua, Daniel Ortega, proibiu as procissões de rua durante a Quaresma e a Semana Santa naquele país, segundo informação publicada pelo jornal nicaraguense La Prensa, citando fontes da Igreja Católica da Nicarágua.
Outra reportagem na semana passada relata que o ditador Daniel Ortega acusou a Igreja Católica da Nicarágua de ser uma “máfia organizada” e antidemocrática, por não permitir a eleição direta de seus líderes religiosos, inclusive o Papa.
A acusação leviana de Ortega veio após o Papa Francisco criticar a recente condenação a 26 anos de prisão imposta ao bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, pela ditadura nicaraguense.
Em 10 de fevereiro deste ano, a Justiça da Nicarágua condenou o bispo Rolando Álvarez a 26 anos de prisão, privando-o de sua nacionalidade, após o clérigo ter se recusado a deixar o país junto com outros 222 presos políticos exilados da Nicarágua e enviados aos Estados Unidos.
Depois das manifestações massivas contra a ditadura nicaraguense ocorridas em 2018, a Igreja Católica passou a viver um de seus momentos mais difíceis na história de sua presença de séculos na Nicarágua.
Aquelas manifestações foram reprimidas com extrema violência, resultando em mais de trezentas mortes. O ditador acusou os padres de serem “golpistas” por abrigar os manifestantes nas Igrejas, e desde então a perseguição aos católicos da Nicarágua vem num crescendo.
A direita brasileira por sua vez tem tido uma postura ambígua em relação à situação dramática da Nicarágua sob aquele regime de ditadura que persegue cristãos.
Pois ao mesmo tempo em que figuras públicas da direita enfatizam corretamente que Daniel Ortega e o petista Lula são aliados, esta mesma direita esquece, ou ignora e oculta, que o ditador nicaraguense somente permanece no poder por conta do apoio explícito, inclusive por meio de tropas em solo nicaraguense, de outro ditador, Vladimir Putin, que esta mesma direita defende. Fontes: ACI Digital | Gospel Prime.