por paulo eneas
Em discurso na reabertura do Judiciário nesta quarta-feira (01/02), o petista Lula fez uma referência aos mandatos dos parlamentares recém-eleitos que vai na contramão da retórica revanchista que muitos parlamentares e lideranças petistas têm adotado.

Lula posicionou-se contra a destituição dos mandatos destes parlamentares, afirmando que seus mandatos seriam a expressão do “humor do eleitor [no dia da votação]” e que, portanto, têm que ser respeitados e “só mudar daqui quatro anos”.

A fala do líder petista contrasta com a posição de parte dos parlamentares do partido que haviam defendido a suspensão da posse de alguns deputados bolsonaristas recém eleitos.

Este posicionamento ensejou iniciativa do grupo de advogados de esquerda denominado Prerrogativas que entrou na semana passada com pedido no Supremo Tribunal Federal para suspender a posse de mais uma dezena destes parlamentares.

O pedido pode ter perdido o efeito ou objeto, uma vez que todos os parlamentares tomaram posse normalmente na manhã desta quarta-feira. No decorrer da próximas semanas veremos se a fala de Lula foi apenas para “jogar para a plateia” ou se representa uma real diretriz a ser seguida pela bancada petista.


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