por angelica ca e paulo eneas
O governo brasileiro condenou na segunda-feira (08/07) o bombardeio russo ao hospital pediátrico Ohmatdyt, em Kiev, capital da Ucrânia. O bombardeio russo ao hospital infantil ucraniano foi confirmado por fontes internacionais independentes e causou consternação no mundo todo. No entanto, a condenação formal por parte da chancelaria brasileira foi mais um exemplo da atual diplomacia de anão do governo petista.

A nota do Ministério das Relações Exteriores, chefiado na prática por Celso Amorim, que já fez elogios efusivos ao grupo terrorista Hamas e no cargo oficial de assessor de Lula comanda na prática a diplomacia petista, não faz menção ao autor do ataque, o regime de ditadura moscovita de Vladimir Putin. A nota apenas afirma burocraticamente que o bombardeios “resultou em número expressivo de vítimas fatais, incluindo crianças”.

A nota diplomaticamente anã prossegue afirmando que “o governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares”.

Além de não mencionar o agressor, no caso a Rússia que tem cometido crimes de guerra segundo as convenções internacionais em seus ataques constantes a alvos civis ucranianos, além do sequestro e rapto de crianças ucranianas, a nota cínica da diplomacia de anão do governo petista fala em exortar “as partes no conflito a cumprirem suas obrigações perante o direito internacional humanitário”.

Ou seja, o governo petista entende que cabe à Ucrânia, o país invadido e agredido pela Rússia, “cumprir suas obrigações perante o direito internacional” diante dos crimes de guerra contra civis praticados pelas forças militares russas.

Ataque russo a hospital infantil ucraniano
Um dos principais centros de atendimento pediátrico do país, o hospital Ohmatdyt em Kiev foi atingido por mísseis russos esta semana. De acordo com fontes ucranianas, foram disparados mais de 40 mísseis em diversas cidades do país. Ao menos 29 pessoas, incluindo três crianças, foram mortas nas ofensivas à capital Kiev. No total, cerca de 117 civis ficaram feridos, enquanto outras 11 pessoas morreram nas cidades ucranianas de Kryvy Rih e Dnipro.

A unidade de saúde de Ohmatdyt em Kiev, é o maior centro médico infantil da Ucrânia e tem sido vital no atendimento às crianças mais doentes de todo o país. Cerca de 7.000 cirurgias são realizadas no centro médico todo ano, incluindo tratamentos para câncer e doenças hematológicas.

Como sempre tem feito todas vez que comete um crime de guerra desde o início de sua invasão á Ucrânia, a Rússia negou a autoria do ataque ao hospital infantil e responsabilizou os ucranianos pelo evento, atribuindo-o a uma suporta falha no sistema de defesa aérea da Ucrânia.

O apoio da direita ocidental aos russos
A despeito dessas atrocidades constantes cometidos pela Rússia em sua guerra de agressão contra a Ucrânia e o apoio que ela recebe das principais ditaduras do mundo como a Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e Bielorrússia, bem como o respaldo diplomático de governos de esquerda retrógrados e obscurantistas como o atual governo petista brasileiro, uma parcela expressiva da direita ocidental segue no apoio à Rússia em sua invasão da Ucrânia.

Desde o início da invasão da Ucrânia há mais de dois anos, uma parcela expressiva e a mais barulhenta da direita ocidental tem apoiado a Rússia na sua guerra de agressão e disseminado toda a propaganda falaciosa produzida pela própria Rússia para “justificar” a agressão.

Esta propaganda russa inclui “justificativas” como combate a supostos nazistas ucranianos, perseguição a gays, resposta a uma suposta ameaça da OTAN, sendo que a Ucrânia não é e não será tão cedo membro da aliança ocidental por ter fronteiras em disputa, o que fere o estatuto da aliança, conforme já mostramos exaustivamente em artigos de nosso site.

A propaganda russa assimilada pela direita também contempla a fantasia de que os russos estariam combatendo os “globalistas” que supostamente controlam a Ucrânia. O que evidencia que a noção vaga e difusa de globalismo constitui-se na versão geopolítica do terraplanismo adotada pela direita.

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