por paulo eneas
Uma proposta surgida como iniciativa nas redes sociais em função da tragédia no Rio Grande do Sul ganhou corpo e poderá tornar-se propositura no Congresso Nacional. A proposta consiste em destinar a verba pública do Fundo Eleitoral deste ano, cerca de R$ 5 bilhões, à reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul.
A iniciativa surgiu nas redes sociais a partir de publicações de perfis como o de Arthur Weintraub, Otavio Fakhoury e também do editor do Inteligência Analítica.
No Congresso Nacional a proposta sofreu um downsize: um projeto de lei protocolado, entre outros, pelos deputados federais Bibo Nunes (PL-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Kim Kataguiri (União-SP), propõe destinar metade da verba do fundão eleitoral para atendimento às necessidades urgentes da população gaúcha.
Pela proposta, um total de R$ 2.45 bilhões do Orçamento Federal desse ano sairiam da rubrica do Fundo Eleitoral para a reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul.
No Senado, iniciativa semelhante partiu do senador Jorge Kajuru (PSB-MS), que afirma ter enviado documentos nesse sentido a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.
O que fica claro nas propostas é que nenhum parlamentar, seja da esquerda ou da “direita”, vai abrir mão da verba pública para suas campanhas, uma excrescência e deformação da democracia que só existe no Brasil e que foi tranquilamente assimilada pela nossa ex-direita.
A iniciativa de destinar metade desta verba do fundo eleitoral aos gaúchos afetados pelas enchentes é um paliativo que poderá remendar em parte a falência do Estado brasileiro demonstrada nesta tragédia, mas poderá traduzir-se em ajuda humanitária concreta aos necessitados.
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