por angelica ca e paulo eneas
A China confirmou na última quinta-feira (31/08) a formalização da assinatura de um acordo de livre comércio com a Nicarágua. O acordo sino-nicaraguense faz parte da estratégia de soft war chinesa que consiste em usar seu poderio econômico para não apenas conquistar novos mercados, mas para expandir sua esfera de interesses geopolíticos e exercer influência plena nos sistemas políticos dos países com os quais o regime chinês firma parceria, comprometendo as soberanias nacionais destes.

Os alvos preferenciais da estratégia chinesa têm sido os regimes de ditaduras no continente africano e na américa latina. O acordo de livre comércio sino-nicaraguense vem no bojo desta estratégia e aprofundará a presença chinesa na região centro-americana.

O Tratado de Livre Comércio foi formalizado por meio de videoconferência, após um ano de negociações. O acordo foi assinado por Wang Wentao, ministro chinês, e por Laureano Ortega Murillo, filho do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega. O regime de ditadura da Nicarágua declarou que o Tratado de Livre Comércio assinado com a China marca um “um antes e um depois para o povo do país”.

Em maio deste ano, entrou em vigor um Acordo de Colheita Antecipada assinado em julho de 2022 entre Manágua e Pequim, que isenta de taxas aduaneiras produtos de exportação nicaraguenses como a carne de vaca, peixe e marisco, e alguns têxteis, entre outros. Segundo dados oficiais, as trocas comerciais entre a China e a Nicarágua totalizaram no ano passado 760 milhões de dólares.


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