por angelica ca e paulo eneas
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos de 8 de Janeiro colocou-se à disposição do sargento Luis Marcos dos Reis para a realização de uma delação premiada. O militar atuava na equipe do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e que foi preso em maio deste ano por suspeita de participar de um suposto esquema de falsificação de cartões de vacinação.

O tenente-coronel Mauro Cid foi colocado em liberdade com restrições na semana passada após ter firmado acordo de delação premiada com a Polícia Federal e homologado pelo Judiciário, conforme o Inteligência Analítica antecipou que ocorreria, com várias semanas de antecedência.

Por sua vez, o sargento Luis Marcos dos Reis é apontado como responsável por uma suposta movimentação atípica de recursos financeiros que tiveram como destinatário justamente o ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Cid.

Em depoimento anterior na comissão, realizado em agosto, o sargento Luis Marcos dos Reis negou ter participado do suposto esquema de falsificação de cartões de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro, os familiares do ex-mandatário e assessores.

O sargento também negou ter tido participação nas invasões a prédios públicos durante os atos de 8 de Janeiro, bem como qualquer envolvimento no planejamento dos ataques, mas admitiu ter feito pagamento de um boleto para a família do ex-presidente. Conforme informado pela CNN Brasil, os advogados do militar ainda não responderam a proposta de delação feita pela comissão.


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