por paulo eneas
Conforme estamos antecipando há algumas semanas com base em informações de nossas fontes, a delação ou confissão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, no caso das joias é questão de tempo. E este tempo parece ter chegado.
Segundo informa o site Terra Brasil em reportagem desta segunda-feira (28/08) citando a CNN Brasil, o advogado de defesa de Mauro Cid, Dr. Cézar Bitencourt, teria já se reunido duas vezes com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para tratar do tema.
Segundo esta fonte, Mauro Cid teria manifestado à Polícia Federal a intenção de fazer uma confissão sobre o caso das joias recebidas como presentes diplomáticos doados por governantes estrangeiros ao Brasil e que, supostamente, teriam sido apropriadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e vendidas a mando deste.
O próximo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal está agendado para o dia 31 de agosto, quando então o ex-ajudante de ordens supostamente pretende confessar o ilícito praticado por ordem do ex-presidente.
Esta confissão, se de fato ocorrer, não será caracterizada tecnicamente como um delação premiada, mas servirá como atenuante jurídico para uma eventual condenação de Mauro Cid. Por sua vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro também está agendado para prestar depoimento sobre o caso na Polícia Federal também no dia 31 de agosto.
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