por caio lima firme
O leitor atento poderá observar que toda pessoa que abraça um extremo do espectro político-ideológico invariavelmente adquire algum problema de saúde. Sem o equilíbrio, o corpo e a mente desabam. Não é só militância da esquerda que provoca problemas mentais e também severidades como câncer, doenças autoimunes, e outras enfermidades.
O extremismo da direita também causa problemas de saúde: paranoia, ansiedade, agitação, violência verbal, falta de autocontrole, e outras complicações. Curiosamente, os dois extremos promovem as pseudociências que nós conhecemos hoje em dia: de forma calculada (para fins de manipulação e destruição) no caso da esquerda, ou de forma espontânea e paranoica no lado da direita.
Basta ver no lado da esquerda as pseudociências da ideologia de gênero, das mudanças climáticas antropogênicas, das salvadoras vacinas de terapia gênica, do capitalismo malvadão, da “fé na ciência”, entre outras.
Por sua vez, do lado da direita as narrativas pseudocientíficas abundam, tais como a ideia de que HAARP(*) mata vidas, G4 e G5 matam vidas, todos os produtos dos globalistas que querem te matar, qualquer vacina provoca autismo, seita do grafeno, e terraplanismo.
As pseudociências da esquerda são de primeira ordem porque atingem todos os seres humanos, enquanto as pseudociências da direita são de segunda ordem pois tendem a ser apenas autodestrutivas. Mas, todas elas causam danos mentais, emocionais, psicológicos e físicos, assim como qualquer idolatria cega aos políticos, sejam eles de esquerda ou de direita.
Prof. Dr. Caio Lima Firme é Pesquisador em Química Teórica e Professor de Química Orgânica.
(*) Nota do Editor:
HAARP é a sigla em inglês para High Frequency Active Auroral Research Program, programa de pesquisa da ionosfera iniciado em 1993 por militares norte-americanos com o objetivo de investigar processos relacionados à comunicações de longa distância e defesa. O programa, em parceria com a Universidade do Alaska, foi encerrado em 2014 após críticas severas constantes do Congresso dos Estados Unidos.
A ionosfera é a camada da atmosfera que estende de 60 km até cerca de 1.000 km de altura a partir do solo e é composta por íons (partículas eletricamente carregadas) e plasma ionosférico, ambos formados pela radiação solar, meteoritos e raios cósmicos. É a camada onde as ondas de rádio são refletidas.
A ionosfera não interfere no clima, pois as condições climáticas que afetam a vida na Terra são ditadas pela troposfera, camada que se estende de 12 km até 20 km de altitude e onde estão os gases que garantem a vida na Terra: nitrogênio, oxigênio e outros, além de vapor d’água.
Concepções pseudocientíficas que ganham amplo espaço na direita atribuem ao extinto HAARP a responsabilidade por determinados eventos climáticas no planeta, uma suposição que não encontra respaldo algum em tudo que se conhece sobre meteorologia. (Nota do editor)
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