por paulo eneas
Os chilenos rejeitaram pela segunda vez em cerca de um ano a proposta de mudança na constituição vigente no país. Em plebiscito realizado nesse domingo (17/12) a proposta de uma nova constituição foi rejeitada por 55% dos eleitores que votaram. Desta forma, o Chile continuará sendo regido pela constituição de 1980, outorgada ainda sob o regime de Augusto Pinochet.

Foi a segunda rejeição de uma nova constituição por parte dos chilenos. A primeira ocorreu em setembro de 2021, quando uma proposta de texto constitucional elaborada por uma constituinte de maioria esquerdista foi rejeitada por mais de sessenta por cento dos chilenos, que impuseram uma derrota política importante ao presidente esquerdista Gabriel Boric.

Logo após a primeira rejeição, instituiu-se um novo órgão constituinte, um Conselho Constitucional de maioria de direita, que elaborou um texto que previa, entre outros, restrições severas ao aborto e endurecimento com a imigração ilegal. Governo e entidades de esquerda fizeram forte campanha pela rejeição.

Com a segunda rejeição, os chilenos demonstraram recusar as propostas de viés mais acentuado de esquerda e também as propostas mais conservadoras, presentes no segundo texto. Optaram assim prosseguir com ordenamento constitucional herdade do período de Pinochet.

Assim que o resultado do plebiscito foi confirmado, o presidente Gabriel Boric, afirmou que não prosseguirá com o processo constituinte iniciado em 2019 com Sebastian Piñera.

O processo teve início quando o então frágil e vacilante presidente de centro, Sebastian Piñera, fez uma concessão gigantesca à esquerda concordando em convocar uma Assembleia Constituinte em resposta a uma onda de violência empreendida pela esquerda em várias cidades, que resultaram na morte de dezenas de pessoas.

Com a rejeição das duas propostas de nova constituição, uma de viés claramente socialista e outra com itens mais identificados com a direita, a maioria dos chilenos impôs uma derrota tanto à esquerda representada por Gabriel Boric, quanto ao campo da direita, mostrando assim uma vocação centro-esquerdista da maioria dos chilenos. Colaboração Angelica Ca.


O livro é possivelmente a primeira obra publicada expondo a verdadeira face do bolsonarismo, sem render-se às narrativas delirantes criadas pelos bolsonaristas em torno da figura do “Mito” e sem ceder às narrativas puramente retóricas para fins de guerra política que são usadas pela esquerda. Clique na imagem para ver resenha completa e informações onde adquirir seu exemplar.

Inscrever-se
Notificar de

0 Comentários
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários