por angelica ca e paulo eneas
A diplomacia brasileira de anão reinaugurada pelo governo petista tem na figura do chanceler de fato, Celso Amorim, seu principal expoente. Hábil em malabarismos retóricos para justificar o papel de pária internacional que o Brasil assume no cenário geopolítico sob o governo ao qual serve, Celso Amorim voltou novamente a usar de desculpas estapafúrdias para justificar a recusa brasileira em qualificar o Hamas como organização terrorista.
Em entrevista à Globo News neste final de semana, o chanceler de fato em pleno exercício afirmou que o governo petista está em contato com “pessoas do Hamas” para negociar a saída dos cidadãos brasileiros que continuam na Faixa de Gaza a espera de resgate.
Ou seja, o chanceler de fato confirmou que o Brasil, sob o governo petista, encontra-se numa posição tão subalterna e de pária no cenário geopolítico que nossa chancelaria não consegue nem mesmo conversar com os chefes da organização terrorista que governa Gaza para tratar da segurança do brasileiros que lá estão: é preciso contentar-se em falar com “pessoas” de escalões inferiores, sem poder de decisão algum.
O chanceler de fato soltou uma pérola ao afirmar que considera um “equívoco” centralizar a discussão sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas na utilização do termo “terrorismo” pelo governo federal. Ou seja, para Celso Amorim, é um equívoco chamar de terroristas um grupo de criminosos, estupradores, infanticidas e homens-bomba organizados com a finalidade de praticar terrorismo e matar civis.
Celso Amorim disse ainda que governo está empenhado em salvar vidas dos brasileiros. Incrível seria se não estivesse, não é mesmo senhor chanceler de fato? Amorim ainda afirmou que “o nosso embaixador em Ramallah [Cisjordânia] tem que falar com pessoas ligadas ao Hamas”. Mais uma informação incrível, não senhor chanceler de fato? Com quem mais o embaixador deveria falar?
Celso Amorim voltou a usar da desculpa esfarrapada publicada na semana passada pelo Itamaraty que, em resposta à cobrança sobre a posição oficial brasileira em relação ao Hamas, afirmou por outras palavras que nosso país sob o governo petista não tem soberania o bastante para decidir quem é terrorista, pois limita-se a repetir o que as Nações Unidas deliberam a respeito.
Ao usar de novo dessa mesma desculpa, Celso Amorim confirmou mais uma vez a posição de anão diplomático que o Brasil ocupa, com a política externa petista sob sua chefia.