Diante da onda de ataques criminosos a escolas, o governador paulista oferece uma solução politicamente correta e atende uma antiga demanda petista sem relação alguma com a segurança nas escolas.
por paulo eneas
Diante da onda de ataques criminosos contra escolas que tem vitimado crianças e adolescentes, a solução oferecida pelo governador Tarcísio de Freitas é ridícula e pautada pelo politicamente correto: o governador anunciou que as escolas passarão a ter seguranças desarmados.
Junto com o anúncio não detalhado, o governador informou também que as escolas públicas paulistas passarão a ter um psicólogo para cada grupo determinado de alunos, atendendo assim uma antiga demanda petista que havia sido vetada pelo ex-governador tucano Geraldo Alckmin.
O problema dos ataques criminosos a escolas está relacionado à vulnerabilidade desses locais e à incapacidade de defesa das potenciais vítimas: um criminoso sabe de antemão que suas vítimas em potencial, crianças e adolescentes, estarão indefesas e que a instalação escolar não conta com pessoas qualificadas e habilitadas a oferecer resistência a uma agressão.
Ao propor a presença de seguranças desarmados nas escolas, o governador paulista anuncia ao público que na sua gestão as escolas continuarão a ser locai vulneráveis para o cometimento de crimes, uma vez que elas não contarão com pessoas habilitadas e legalmente armadas para fazer a segurança contra potenciais ameaças.
A contratação de psicólogos não é uma medida relacionada à segurança nas escolas. Trata-se de uma antiga demanda petista, que traduziu-se em um projeto de lei aprovado pela ALESP no ano de 2012 (PL442/07) de autoria da deputada petista Ana do Carmo.
O projeto petista aprovado na época criava os cargos de psicólogo e assistente social no sistema de educação pública paulista.
O então governado tucano Geraldo Alckmin vetou o projeto na sua íntegra, alegando sua inconstitucionalidade e por entender que a demanda por assistência psicológica a estudantes da rede pública paulista pode ser atendida pelos serviços públicos de saúde.