A facilidade com que os terroristas invadiram o território israelense sugere fortemente que houve facilitação interna, no escopo da atual crise política e institucional que vive Israel, crise esta que tem como pivô o seu poder judiciário, conforme mostraremos em artigo detalhado nesta segunda-feira.
por angelica ca e paulo eneas
O Governo de Israel confirmou neste domingo (08/10) que o número de mortos na sequência dos ataques terroristas do Hamas iniciada neste sábado aumentou acentuadamente, passando de 300 para cerca de 600 vítimas fatais, em sua quase totalidade civis desarmados. Foram seiscentos civis desarmados assassinados em suas residências, nas ruas e em campos abertos por atiradores do Hamas que invadiram o território israelense a partir da Faixa de Gaza.
Os criminosos terroristas entraram no território israelense rompendo com facilidade o muro da fronteira de Israel com Gaza e derrotando o destacamento militar israelense de fronteira. O terroristas também entraram em Israel pelo mar e pelo ar, usando paraquedas, para-gliders e parapente. Muitos saltadores terroristas pousaram num festival de música a céu aberto (“rave”) que estava sendo realizada por jovens israelenses a poucos quilômetros da fronteira com Gaza.
Ironicamente chamado de Festival da Paz, o evento terminou em massacre: mais de cem participantes foram mortos, as mulheres foram estupradas e dezenas de pessoas sequestradas e levadas para Gaza.
A facilidade com que os terroristas invadiram o território israelense sugere fortemente que houve facilitação interna, no escopo da atual crise política e institucional que vive Israel, crise esta que tem como pivô o seu poder judiciário, conforme mostraremos em artigo detalhado nesta segunda-feira.
Entre os mortos estão também dezenas de soldados das Forças de Defesa de Israel, que tombaram em combate aos terroristas. Estimativas não oficiais apontam que 750 pessoas estariam desaparecidas em Israel, tendo sido muitas delas capturadas pelos terroristas e levadas para o cativeiro em Gaza, na expectativa de serem trocadas por terroristas do Hamas presos em Israel.
O Ministério da Saúde de Israel confirmou também que o número de feridos nos hospitais é superior a 2 mil pessoas, sendo que 330 feridos estão em estado graves. Muitos dos feridos estavam em locais atingidos pelos foguetes lançados pelo Hamas em direção a Israel a partir da Faixa de Gaza.
Cadáveres de civis israelenses continuam sendo encontrados pelas ruas, no interior de automóveis e de residências enquanto as Forças de Israel continuam a lutar contra os terroristas armados do Hamas que ainda estão em solo israelense, tentando expulsa-los das comunidades israelenses ao longo da fronteira com Gaza.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o seu país está “embarcando numa guerra longa e difícil” imposta pelo Hamas. A primeira fase da guerra, disse Netanyahu, envolve “destruir a maioria das forças inimigas” que se infiltraram em Israel e mataram civis e soldados.