O assassinato de Alexei Navalny ocorre poucos dias após a divulgação internacional de peça de propaganda da ditadura russa que teve como ator principal o próprio Vladimir Putin, e como coadjuvante de luxo bem remunerado o agente russo Tucker Carlson. A peça de propaganda foi aplaudida de pé por quase toda a direita bolchevique ocidental.


por paulo eneas
O principal opositor do regime de ditadura da Rússia, Alexei Navalny, foi morto nessa sexta-feira (16/02) na instalação penitenciária onde estava preso, na Sibéria. Navalny supostamente teve um mal súbito e caiu morto no pátio da prisão, segundo as autoridades do regime ditatorial russo.

Alexei Navalny havia sido preso antes mesmo do início da invasão russa da Ucrânia, como usualmente ocorre com todo e qualquer opositor político do ditador Vladimir Putin. Há algumas semanas ele havia simplesmente desaparecido da prisão em que estava na região de Moscou e foi “reaparecer” em um campo de detenção na Sibéria.

Os campos de detenção de prisioneiros políticos da Sibéria continuam seguindo o mesmo padrão e servindo aos mesmos propósitos para os quais foram construídos no período soviético: ser o destino para onde adversários e opositores políticos do regime de ditadura de Moscou são enviados para morrer.

Alexei Navalny foi enviado secretamente para a Sibéria, por ordem de Vladimir Putin, para morrer. E morreu. Um dia antes de sua morte, Navalny foi gravado em vídeo em audiência “judicial” demonstrando boas condições de saúde e até mesmo exibindo um humor sarcástico.

Diante da repercussão internacional da morte do principal opositor político do ditador Vladimir Putin, o chefe do parlamento russo acusou a OTAN, o premier britânico e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de serem os responsáveis pela morte de Alexei Navalny. A acusação equivale a uma confissão implícita de que Navalny foi assassinado pelo regime russo.

O assassinato de Alexei Navalny ocorre poucos dias após a divulgação internacional ampla de uma peça de propaganda da ditadura russa que teve como ator principal o próprio Vladimir Putin, e como coadjuvante de luxo bem remunerado um dos principais agentes propagandistas dos interesses de Moscou no Ocidente: o jornalista Tucker Carlson.

A peça de propaganda, muito bem elaborada sob a forma de entrevista, e exibindo imagens de Tucker Carlson fingindo estar fazendo compras em um supermercado de Moscou para “provar” como os russos vivem bem sob o regime de ditadura putinista, seduziu milhares de supostos direitistas e conservadores em todo o Ocidente.

Para essa ala da direita bolchevique ocidental pró-Rússia, pouco importa se o ditador Vladimir Putin manda matar opositores políticos internos como Navalny, ou que venha invadir militarmente países vizinhos como a Ucrânia. Tanto faz se Putin manda emitir ordem de prisão contra chefes de governo de outros países, como fez contra a premier estoniana.

Para a direita bolchevique ocidental é irrelevante o fato de Vladimir Putin financiar grupos terroristas como Hamas e Hezbollah via regimes de ditaduras proxies como o Irã. Também é irrelevante o fato de Putin financiar e dar suporte diplomático a narco-ditaduras como da Nicarágua e da Venezuela.

O que importa para a direita bolchevique ocidental é que na Rússia de Vladimir Putin não existe moleza para os gays. O que importa é que Putin é um “conservador”, nas palavras do ex-presidente Jair Bolsonaro. E por fim, o que conta mesmo é que a arquitetura clássica das estações de metrô de Moscou são belíssimas. O resto, para a direita bolchevique ocidental, é apenas choro de liberal decadente a serviço dos globalistas ocidentais.



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3) Exclusivo: Jair Bolsonaro Teria Supostamente Abordado Vladimir Putin Sobre Permanecer na Presidência

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