por paulo eneas
Conforme esperado, a rádio Jovem Pan promoveu na semana passada a demissão de alguns de seus comentaristas alinhados ao bolsonarismo, em função do novo ambiente político e institucional adverso. Do dia para a noite, a emissora deixou de ser um espaço bolsonarista como ela vinha sendo até então para procurar readequar-se ao novo cenário.
A presença do bolsonarismo na rádio Jovem Pan foi entendida por muitos como sendo exemplo de um processo de ocupação de espaços “pela direita”. Nunca tratou-se disso, como sempre dissemos. Foi tão somente uma circunstância em que a emissora procurou explorar um nicho de mercado promissor visando obter resultados financeiros, como faz qualquer empresa.
Ocupação de espaços para fins de guerra política e cultural é outra coisa. Não é pegar carona (e arrumar emprego) aproveitando a estratégia comercial de um dado veículo de comunicação.
Ocupação de espaço é o que a esquerda fez nas universidades e na imprensa em pleno regime militar, em condições totalmente adversas a ela. Trata-se de ocupar o espaço e consolidar a ocupação, tornar-se “dono do pedaço”. E isso a direita não aprendeu a fazer ainda.
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