por angelica ca e paulo eneas
O presidente esquerdista da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou na quinta-feira (20/10) da semana passada a decisão de abrir uma embaixada da Colômbia em Ramallah, na região da Judeia, formalmente referida no Ocidente como Cisjordânia. A cidade abriga a sede da chamada Autoridade Palestina, que é o governo de fato do já existente de fato “Estado Palestino”, surgido após o Acordo de Oslo de 1993.
A decisão de abertura de embaixada em Ramallah foi anunciada após Gustavo Petro ter recebido os embaixadores de Israel e da “Palestina” na sede do governo colombiano, em Bogotá.
Num acesso de megalomania própria do petista Lula, Gustavo Petro informou em suas redes sociais que o objetivo do encontro com os embaixadores foi a de apresentar uma proposta de “conferência internacional de paz” que abra o caminho para dois Estados independentes e livres.
A fala de Gustavo Petro, assim como falas semelhantes do petista Lula sobre os conflitos no Oriente Médio, beiram ao patético. Primeiro por que servem de pretexto para não condenar o terrorismo do Hamas e dos demais grupos terroristas da região. Segundo por que são irrealistas: o conflito no Oriente Médio somente será resolvido pela atuação dos big players internacionais: Estados Unidos e Rússia em primeiro lugar, e em menor escala a União Europeia e a China.
Não há nem haverá papel relevante algum reservado a qualquer país da América Latina na resolução dos conflitos no Oriente Médio. O máximo que se pode esperar é que os governos da região não venham a servir de retaguarda diplomática para ações terroristas, como tem ocorrido em período recente com os governos de esquerda do subcontinente.
A evidência desse viés em favor dos terroristas reside no fato de que, apesar de todo falatório rebuscado de Gustavo Petro, tão logo houve o ataque terrorista do Hamas contra civis israelenses, seu governo repetidamente enfatizou seu apoio ao “povo palestino”, argumento retórico usado para blindar os terroristas, e ameaçou promover o rompimento de relações diplomáticas e comerciais entre Colômbia e o Estado de Israel.