por paulo eneas
Qualquer matéria legislativa importante somente é encaminha para a pauta de votação em plenário pela respectiva mesa diretora após acordo entre a lideranças partidárias e dos blocos partidários. Essa regra não escrita vale para as matérias que são realmente importantes e de impacto.

No caso de um pedido de impeachment de magistrado, a importância e impacto da matéria em termos político-institucionais são óbvios. Raciocinemos por um minuto com a cabeça do senador Rodrigo Pacheco:

E entenda o leitor, por favor, que racionar com a cabeça de um ator político mesmo sendo seu antagonista não significa dar razão a ele, trata-se outrossim de um método para analisar e tentar entender como aquele ator opera.

Rodrigo Pacheco somente irá colocar em pauta um pedido de impeachment de magistrado se houver endosso das lideranças partidárias.

Por que se Rodrigo Pacheco colocar tal pedido em pauta por conta própria, sem entendimento prévio no colégio de líderes, e o pedido for hipoteticamente rejeitado, as implicações políticas da decisão recairão todas unicamente sobre ele, Rodrigo Pacheco, por conta do atrito que inevitavelmente será criado com o Judiciário.

Portanto, se até hoje nenhum pedido de impeachment foi analisado pelo plenário do Senado Federal é por que as lideranças partidárias não quiseram, inclusive as lideranças da fictícia “oposição de direita”, como o próprio Rodrigo Pacheco sinalizou ao comentar a conduta do dono do PL e chefe de Jair Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto, como mostramos na matéria mais abaixo.

O fato de quase toda a “direita”, principalmente os veículos de mídia supostamente de direita, cobrar Rodrigo Pacheco a respeito desses pedidos, é tão somente um jogo de cena. Por que a decisão de apreciar tais pedidos depende dele, Pacheco, unicamente no aspecto regimental.

A decisão política, que é a que realmente conta e vale, de analisar tais pedidos de impeachment é do colégio de líderes. Logo, se nenhum pedido entra em pauta, é por que nenhuma liderança assim o deseja, inclusive as lideranças da fictícia oposição de direita.

Sugestão ao leitor: cobre de seu outro veículo de “direita” preferido e do qual você é até mesmo assinante, ou do influencer para qual você dá audiência e até envia pix, uma análise honesta deste tema.

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