A aprovação de Flavio Dino para o supremo encerra um ciclo de vitórias parlamentares importantes da esquerda petista ao longo desse ano e desmente a narrativa delirante e fantasiosa de que existiria uma suposta oposição de direita no parlamento.
por paulo eneas
O ministro da Justiça Flavio Dino teve seu nome aprovado na noite desta quarta-feira (13/12) pelo plenário do Senado Federal como o mais recente integrante do Supremo Tribunal Federal. Indicado pelo petista Lula, Flavio Dino obteve 47 votos em seu favor, o que representa seis votos acima do mínimo necessário para sua aprovação. Um total de 31 senadores votaram contra e houve duas abstenções.
A sabatina foi modorrenta e não trouxe surpresa alguma, exceto pelas imagens captadas mostrando a troca de afagos entre Flavio Dino e o senador Sergio Moro (Podemos-PR), sinalizando que possivelmente o ex-juiz da Lava Jato tenha votado a favor do agora futuro magistrado do supremo indicado pelo petista Lula.
Com uma ou outra exceção, a maioria dos senadores mostro não possuir as qualificações necessárias para aferir as capacidades técnicas do indicado, para atender a exigência constitucional de “notório saber jurídico”.
Em alguns momentos, alguns senadores retomaram as mesmas perguntas da CPMI do Oito de Janeiro, e obtiveram exatamente as mesmas repostas. Na condição de inquerido, Flavio Dino mostra-se mais hábil que seus inquiridores, inclusive no tratamento de questões mais ideológicas.
A aprovação de seu nome com 47 votos a favor marca o fim de um ciclo nesse primeiro ano do quinto governo petista na História do Brasil. Um ciclo iniciado com a narrativa mentirosa de que o petista Lula enfrentaria uma “poderosa” oposição de direita no Congresso Nacional.
Essa ideia falaciosa de que existiria uma poderosa oposição de direita ao governo petista foi amplamente disseminada, até mesmo na imprensa, como podemos ver em matéria do jornal Zero Hora Gaúcha de outubro do ano passado.
O que a realidade dos fatos mostrou ao longo desse ano é que não existe oposição alguma. A bancada supostamente de direita eleita no ano passado tem servido de linha auxiliar do governo petista, que tem conseguido aprovar todas as suas matérias importantes no Congresso Nacional, mesmo sendo nominalmente a minoria.
A aprovação do nome do ministro Flavio Dino para suprema corte encerra esse ciclo de vitórias da esquerda e evidencia que a inexistente oposição de direita realmente não existe, e que a esquerda consolidou seu predomínio em todas as instituições de poder do país.