por paulo eneas
Parece que a principal preocupação dos bolsonaristas é sempre justificar todo tipo de arrego e hesitação, inclusive aqueles de governantes alheios. Trata-se de um tipo de síndrome de vestimenta automática de carapuça.

Mesmo agora na guerra Israel-Hamas, onde analistas sérios criticaram duramente a demora na resposta israelense aos ataques terroristas do Hamas, demora essa decorrente de dissensões internas no establishment político israelense e que resultaram na exibição de fraqueza e hesitação diante do inimigo, a preocupação primeira dos bolsonaristas é procurar justificar essa conduta hesitante. Para isso usam dos argumentos mais estapafúrdios, tirados sabe-se lá da onde, como por exemplo:

1)
“É preciso costurar apoio internacional antes”
Quer dizer que um país atacado precisa antes pedir licença e autorização da comunidade e da mídia internacional para exercer seu legítimo direito, e obrigação, de se defender?

2) “O IDF precisa se preparar antes e planejar as ações”
What? Quer dizer que nunca passou pela cabeça do comando militar israelense que em algum momento iriam enfrentar o Hamas, inclusive com incursão terrestre em Gaza? Somente agora que se deram conta dessa necessidade e precisaram de um tempo para ver como faz?

Argumentos falaciosos desse tipo ignoram o fato de que a demonstração de fraqueza e hesitação, longe de expressar a virtude da prudência, servem unicamente para fortalecer o inimigo, aumentar sua auto confiança e a moral de suas “tropas”, que no caso dos terroristas do Hamas não são tropas combatentes, mas hordas de assassinos, pedófilos e estupradores.

As reações na opinião pública brasileira sobre a guerra Israel-Hamas, em especial no segmento majoritário da falsa direita, expressam não apenas uma mentalidade política provinciana, com laivos explícitos de antissemitismo no seu segmento putinista-duguinista. Elas expressam também um mindset político doentio dessa falsa direita, sempre vocacionada e pronta para justificar o porquê de não fazer aquilo que deveria e deve ser feito.

Possivelmente se recuássemos no tempo e estivéssemos no final da década de trinta do século passado, esta falsa direita brasileira estaria toda ela fechada com Neville Chamberlain e acusando Winston Churchill e seus apoiadores de não entenderem nada de estratégia política.


O livro é possivelmente a primeira obra publicada expondo a verdadeira face do bolsonarismo, sem render-se às narrativas delirantes criadas pelos bolsonaristas em torno da figura do “Mito” e sem ceder às narrativas puramente retóricas para fins de guerra política que são usadas pela esquerda. Clique na imagem para ver resenha completa e informações onde adquirir seu exemplar.

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