por angelica ca e paulo eneas
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18/01), a 24ª fase da operação Lesa Pátria, no estados do Rio de Janeiro e Distrito Federal que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

O deputado Federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados, foi alvo da operação. Os agentes federais cumpriram dez mandados de busca e apreensão nos endereços do deputado e apreenderam seu aparelho de telefone celular.

De acordo com a Polícia Federal, os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes, autorizou buscas em endereços de Jordy e a quebra de sigilo do deputado.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”.

Estes tipos penais estão todos previstos na Lei 14197 sancionada em 1 de setembro de 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A lei originou-se de um projeto de lei de autoria do ex-deputado petista Hélio Bicudo, projeto este que estava engavetado havia trinta anos, desde 1991, e que foi colocado em tramitação por iniciativa de Jair Bolsonaro.

Todas as diligências, buscas, apreensões, mandados de prisão e condenações de pessoas acusadas de envolvimento com os atos de Oito de Janeiro estão baseadas nesta Lei 14197, sancionado por Jair Bolsonaro, conforme estamos apontado há muito tempo e sobre a qual os demais veículos supostamente de direita se silenciam.

Segundo a Polícia Federal, as investigações apontam que haveria indícios de que o deputado federal Carlos Jordy teria “fortes ligações” com um dos líderes que organizou os bloqueios de rodovias no final de 2022, o empresário identificado como Carlos Victor Carvalho. A Polícia Federal teria identificado 627 registros de trocas de mensagens entre Jordy e Carlos Victor Carvalho.

Vinte e duas dessas mensagens teriam sido trocadas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023. Ainda segundo a Polícia Federal em suas investigações, Carlos Jordy teria mantido contato com Carlos Victor de Carvalho, mesmo após este ter sido considerado foragido, em 17 de janeiro de 2023.

Em conversas com jornalistas, o deputado Carlos Jordy negou qualquer vínculo com os manifestantes: “Eles dizem que há mensagens minhas com pessoas e que eu seria um mentor, um articulador do 8 de Janeiro e de bloqueio de estradas. Mentira. Nunca tive acesso a nenhum desses autos”, afirmou o deputado.

Carlos Jordy ainda acusou a operação, que foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de ter viés político, uma vez que ele é pré-candidato a prefeito da cidade de Niterói (RJ), nas eleições municipais desse ano.

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